sábado, dezembro 31

You call that a miracle?


Um milagre Católico: a anunciação da concepção sem sexo.

Um milagre Científico: o anúncio do sexo sem concepção.

Now, who's your daddy?

Deus é um amador.

34 comentários:

Orlando disse...

Claro que é possível!
Acontecia muito no passado quando as criadas tomavam banho depois do patrão numa celha de água quente.

Existe também esta anedota.
Ultimamente muito discutida na blogosfera.

Orlando disse...

Este assunto merece alguma reflexão. Mas acho que fica para o ano.
Maria da Conceição, não ligues ao OMWO.
Ele ainda é muito novinho.
Embora não pareça, tem um coração de oiro!

lino disse...

OMWO: não sejas básico. É claro que é um milagre. É a invenção poética da sublimação levada ao cume, dois milénios antes de Freud. E, se inspirou pinturas como a que escolheste, ainda duvidas?

António Araújo disse...

>E, se inspirou pinturas como a que >escolheste,

Lino, é precisamente isso que me chateia. Tivemos na Europa um conjunto de pintores inigualável, e o que foi que eles fizeram? Passaram a maior parte do tempo a pintar os mesmos dois ou três contos de fadas. A anunciação, a Madonna con Bambino, etc. Toda o amor á carne, todo o furor anatómico, reduzido a umas escapadelas envergonhadas submissas a temas fantasistas, moralistas, menores. Algumas obras mais "anatomicamente correctas" foram mesmo mais tarde vestidas a mando da padralhada. Repugna-me o desperdício imenso.

Esta pintura é bela? Sim. E isso enerva-me pelo desperdício. Penso nas que poderiam ter existido pelas mesmas mãos. Uma vez em Florença, no Uffizi, sebtia-me quase levado ao vómito pela infinita repetição de madonna's con bambinos. Chega de fadas dos dentes e coelhos da páscoa. A vida não é isso, é carne, e prazer, e dôr, e morte, e não se contém em meia duzia de mitos moralistas.

Os mitos clássicos sempre permitiam alguma escapatória. Mas tal como o ON falou do "ateu católico" também essas pinturas eram "clássicas cristãs". O que teriam pintado se tivessem a liberdade de um grego...mas mesmo os mitos gregos, tão mais belos e abrangentes que a torpe fantasia cristã, não me chegam. Estou farto de mitos e de histórias da carochinha.

Nós vivemos em grande parte para a carne. A procurar o prazer, a temer a dor, em momentos de coragem fisica, em momentos de cobardia, em momentos de exultação, em momentos de desespero intenso. Deveriam existir, para cada pintura da anunciação, dez, trinta pinturas do Orgasmo. Como representá-lo? Como representar o acto sexual? Isso sim é o sublime, isso e os outros mistérios da carne, do real. E que esforços foram feitos? Qual é a simbologia? Qual foi o esforço da arte nesse sentido?

Esforços menores de artistas menores. Queria um michelangelo a dedicar ao orgasmo o mesmo tempo que dedicou à anunciação. Porque é que a pornografia não é arte? Porque os pornógrafos não são artistas. Porque os artistas ocidentais não tiveram ainda coragem de abandonar os ditames do principe rico e moralista (ou do estado) que lhes dita o tema, e o principe não se libertou ainda da igreja que lho dita. Chega de arte sacra, abram as gavetas e mostrem os esboços que lá guardam. Aquelçes que não se conseguem impedir de fazer. Hokusai desenhou pornografia até à morte, as vistas do monte Fuji eram um desvio secundário. Chega de pudores, chega de madonnas e bambinos, chega de contos de fadas: queremos pornografia!

A arte Ocidental está há séculos a reganhar a coragem para se tornar de novo pornografia. Quero dizer com isto: explícita acerca do real.

Não, nada de hesitações, nada de explicações, nada de pudores. Quero dizer com isto: Pornografia.

Orlando disse...

Lino:
tens toda a razão, o post é um pouco básico.
(O comentário acima, esse sim, é um texto profundo)
Os ateus não precisam de ler o post.
Os crentes ficam chocados e acaba por não ter influência sobre eles.
Para que serve o post então?
Neste blogue nunca houve censura nem acordos sobre o que se pode ou não escrever.
Cada um escreve o que lhe apetece e depois aguenta-se com as bocas dos outros.
A linha editorial decide-se à pancada à frente de toda a gente.
Não gostam daqueles restaurantes onde se vê a cozinha? São os mais higiénicos.

O OMWO acha que eu anda muito beato.
Eventualmente com alguma razão.

Orlando disse...

Algumas perguntas:

Uma mulher é menos do que as outras por não ser virgem?

O facto da mãe de Jesus não ser virgem diminuia-a de alguma forma?

O sexo é um pecado?

Nesse caso, para quê sublinhar que Maria é virgem?

Isso tem alguma relevância?

Se não tem...

Broken M disse...

A virgindade de Maria não é aceite entre todos os cristãos.

Para alguns não há importância em ela ser ou não virgem.

Broken M disse...

Omwo, em que pensas quando dizes Deus?

Orlando disse...

Para os católicos a virgindade é um dogma proclamado pelo papa Piu ix em 1854. Não tém opção.

Broken M disse...

Há cristãos não católicos, on!

Orlando disse...

Já tinha ouvido falar nisso, Madi.
Até já ouvi dizer que alguns acusam os católicos de idolatria em relação a Maria.

Broken M disse...

Como na audiência há matemáticos e noutro dia surgiu-me esta ideia, gostaria de saber o que acham.

Vivemos num espaço a 3 dimensões (ou com a 4ª dimensão de tempo) e para nós é conceptualmente complexo imaginar um espaço do género cartesiano (peço desculpa por algum erro formal) com mais do que 3 dimensões.

Imaginei noutro dia que o espaço em que vivemos poderia ser uma projecção de um hiperespaço (dimensão n). E que nesse hiperespaço estaria Deus.

Como a partir de uma projecção é impossível saber o que foi projectado sem condições iniciais sabidas, daí viria toda a nossa incompreensão sobre estas coisas.

Um tanto rebuscado, eu sei. O que acham?

António Araújo disse...

>tens toda a razão, o post é um pouco >básico.

Et tu, Brutus :)

Adoro pelotões de fusilamento.

O post é uma mera provocação em relação à conversa dos milagres de que temos estado a falar. O meu ponto era:

Os milagres em que se assentam as religiões não só são quasi-seguramente meras fraudes (esse era o assunto do meu post anterior) como, mesmo que não o fossem, são ridiculamente irrelevantes para mim.

O que me interessa a concepção imaculada? A noção de "imaculada" não me diz nada porque não considero que sexo seja mácula alguma. Por isso não tem importância moral.

Quanto ao fenómeno bilógico, não acho grande milgare. A pilula contraceptiva, essa sim, é um milagre que melhora em muito a fruição da vida humana - a nossa vitória sobre as limitações "naturais", a subversão do mecanismo "sexo" como indução à recombinação genética e tranformação deste num fenómeno profundo de fruição da vida, estético, filosófico, pertença de um ser livre que transcendeu a mera biologia do mamífero (embora nunca, jamais, a "mera" biologia tout-court, ou o "natural" em outra definição que não a de "não-humano").

Porque temos tantos quadros a representar o momento IRRELEVANTE e INEXISTENTE em que um anjo inexistente comunica a Maria que ela vai ter um filho sem sequer ter o prazer do sexo..e não temos quadros a representar o momento singularmente relevante para todos nós em que a ciência presenteou as Marias todas com a possbilidade de serem donas do seu corpo e não meras bestas reprodutoras, escravas da genética.

O sexo sem reprodução é um milagre muito maior do que o da reprodução sem sexo. Além disso: 1) Aconteceu de facto 2) Acontece todos os dias de novo, de forma comprovável, e afecta benéficamente as nossas vidas. O milagre Católico não só 1) provavelmente nunca aconteceu como 2) é um fenómeno singular, não repetível, e irrelevante para a vida humana.

Ao ver uma anunciação no Uffizi - a n-ésima - em que Maria parecia assustada com as palavras do anjo, não pude deixar de pensar que não era a responsabilidade que a atemorizava, mas que simplesmente o milagre o que lhe anunciavam era o oposto do desejável, e que ela diria certamente:"Reprodução sem sexo? E chamas a ISSO um milagre?". Daí que na imgem do post, o anjo oferece a Maria uma caixa de pilulas contraceptivas. Ao menos a mão estendida agora oferece algo de desejável, cortesia do milagre revisionista que é o photoshop.

Porque é que a saga mexicana de Russel Marker (que esteve na origem da pilula) não merece um quadro e a fuga de José e Maria merecem tantos?

"Milagre" não é um truque de ilusionismo de reprodução de víveres, não é um regresso à vida comprovado apenas pelos seguidores fanáticos, iludidos, e provavelmente mentirosos de um "profeta" morto, não é uma mulher grávida sabe-se lá de quem. Não admito discutir essas parvoices a não ser que milagres sejam também os dos Deuses da Grécia Antiga e de Roma, que têm a seu favor exactamente as mesmas provas. Ou vocês acreditam também que Zeus engravidou Leda na forma de um cisne, e que daí nasceram Castor e Pollux? E se não acreditam, porque não? Ah....a fé!....
Há algo mais básico do que isso?

Que estranho que a fé vos faz acreditar sempre na religião que por acaso é dominante no vosso tempo e na vossa terra! Estranhos os caminhos do Senhor, de facto, ou mera prova da minha tese da subserviencia ao habito e de medo da morte? Se fossem arabes seriam islamicos, eu se fosse arabe seria ainda um espinho na vossa fé.

Milagre é o quê, então? Milagre é Armstrong a pôr o pé na lua, é a pilula contraceptiva, é o airbus que voa todos os dias, é a penicilina. Milagre será quando conseguirmos ressuscitar alguém morto (num certo sentido) ha muitos minutos, com probabilidade X estimada a menos de 5% em muitos testes perfeitamente repetiveis.
Milagre será vencermos a velhice, faqzer crescer membros, e funcionar olhos que não viam. Faremos tudo isto, já fizemos tanta coisa...e é desses milagres que tem medo a Igreja, e é por isso que os trava a cada passo. Porque até a sua imaginação fantasista foi tão "básica" que não imaginou milagres fictícios que se comparassem as milagres reais da ciencia.

António Araújo disse...

>É a invenção poética da sublimação >levada ao cume, dois milénios antes de >Freud.

Não é a invenção de nada. A mitologia Cristã não é a primeira a tocar o tema. Talvez seja a mais sexualmente reprimida. Talvez sem ela não existissem tantos danos a ser "tratados" pela psicanálise :)

António Araújo disse...

>Omwo, em que pensas quando dizes Deus?

Penso no Pai Natal e na fada dos dentes, em Zeus, Krishna, Allah, Jeova, e por aí adiante.

Não ordenados por ordem de credibilidade ou importância.

A diferença é que a personagem mítica de Krishna, por exemplo, foi usada para expressar conceitos filosoficamente complexos e relevantes, enquanto que a mitlogia cristã é para mim perfeitamente torpe e desprovida de interesse filosófico - um conjunto de prescrições de moral tacanha, uma religião inventada por escravos para manter escravos debaixo de controle. E ainda assim, só os escravos de ha dois mil anos.

António Araújo disse...

Querem outra coisa "basica"?

Ha no nosso cerebro uma zona chamada o "God module". Uma vez excitada a partir do exterior por um campo magnetico adequdo provoca a sensação de "uma experiencia religiosa". O que significa que nós estamos programados para a religião, provavelmente. Talvez precisamente porque a religião ajuda a agregar os povos em comunidades muito produtivas e unidas - perdemos apenas, como alguem disse, a alma como individuos.

Mais para o interior do nosso cerebro ha uma zona chamada a amigdala. Ao que me lembro, uma descarga electrica nessa zona causa "a mãe de todos os orgasmos", uma experiencia sexual transcendente. Infelizmente a amigdala não pode ser alcançada, ao contrario do "God module", sem causar danos ao cerebro, devido a sua localização profunda.

Isto sugere-me duas coisas - 1) é mais dificil ter um bom orgasmo do que ver Deus, e 2) o sexo é mais profundo do que a religião.

Hmmm, e talvez, questao menor, que a religião não é mais do que uma desvio genético, desenvolvida pela evolução cega e que conferia uma vantagem evolutiva de uns povos sobre outros (sendo que os primeiros provavelmente chacinaram os outros). Nos tempos que correm, o que ela faz perder caracteriza-a para mim como uma doença genética que infelizmente afecta a maioria da população e que perturba um subconjunto dos demais processos cognitivos.

Mas talvez os milagres da medicina moderna resolvam isso um dia...

Orlando disse...

Madi,
a tua pergunta sobre as varias dimensoes não está esquecida. Mas fica para amanha porque a resposta é longa...

António Araújo disse...

A pergunta da MaDi já foi tratada por uns tantos livros de ficção cientifica e afins :)

Assim de repente lembro-me do Flatland :)

É giro como uma brincadeira e não só.

Mas se metemos Deus ao barulho é apenas mais uma justificação mitológica para um conceito que ja teve outras menos modernaças, mas que padece essencialmente do mal de não ter bases suficientes para sequer ter direito a requerer uma "justificação" cientifica ou não...

Orlando disse...

O "God module" pode ser visto de um modo um pouco mais subtil. Essa zona do cérebro é maior numas pessoas do que noutras. As pessoas que tém essa zona mais pequena não estão muito bem colocadas para compreender do que é que as outras, "as religiosas a sério", estão a falar.
Não se pode é levar à letra o que as pessoas dizem quando falam de energias ou de deuses. Vale a pena desenvolver isto um pouco mais.

CARIDADE, meus filhos CARIDADE!
Oiçam o que os vossos irmãos vos dizem e tentem compreende-los.
Pensamento positivo, meus irmãos!

António Araújo disse...

Eu não creio que o meu God Module seja raquítico, pelo contrário. Não creio que o da maior parte dos religiosos seja desenvolvido. A maior parte dos religiosos são-o por medo da vida e por medo da morte. Eu, pessoalmente, sou dado a laivos de emoção extrema e ando sempre à procura do Graal. Apenas tenho as minhas defesas racionais sempre prontas, é tudo. Nada me daria mais gozo do que tocar o transcendente. Mas não me vou refugiar na ilusão de o ter encontrado numa capelinha qualquer, onde ele existe muito menos do que noutro lado qualquer. Encontro-o muito mais na carne: na de uma mulher, ou na minha propria carne, no medo da morte iminente ou do derrame de sangue ou na queda livre ou na exaltação de um cérebro perturbado por quimicos ou pelo orgasmo ou por uma ideia que queima. Nunca, jamais, no torpor da religião *criada por outros*. Ser Cristo ou Buda requer um grande God Module, ser cristão ou budista requer um muito pequenino, obediente, servil, sem imaginação...

António Araújo disse...

É como a diferença entre olhar para arte e fazer arte. É preciso mais instinto artistico para fazer uma linha - mesmo que uma linha muito má - do que para andar de um lado para o outro a ver quadros nos museus e a tecer muitos comentarios de apreciador treinado.

Michelangelo:"Desenha, e nao percas tempo"

Se alguem tiver uma alucinação ou atingir o Satori ou criar o seu proprio culto eu reconheço-lhe um desproporcional G-module. Se apenas segue os preceitos dos padrecos -budistas, critaos, muçulmanos,etc -eu reconheço-lhe a paciencia.

Invocar este G-spot não é para todos :)

António Araújo disse...

>tens toda a razão, o post é um pouco >básico.
>(O comentário acima, esse sim, é um texto >profundo)

O meu mestre Zen disse-me que era assim que se obrigava as pessoas a ler os textos compridos :)

No post, um Haiku, nos comentarios,a Iliada.

(vénia)

Orlando disse...

Ninguém disse que o teu God module (ou algum teu outro orgão) é pequeno, OMWO. Mas há pessoas que tém essa zona menos desenvolvida, daí resultando uma incapacidade para compreender a existência de fenómenos místicos.

A criação do Cristianismo e do Budismo são duas das maiores obras de arte alguma vez produzidas. Ao pé delas a Capela Sistina empalidece um pouco. Como tu bem sabes, são um pouco mais do que intrujices para morons.
A religião mormon é outra história: cheira a uma cópia de um bom quadro.

Não será um pouco exagerado chamar membro do pelotão de fuzilamento a qualquer pessoa que ouse discordar de ti?

Orlando disse...

Ainda há alguém a ler isto?

Broken M disse...

Eu estou a ler.

Broken M disse...

A minha pergunta sobre Deus surge porque toda a vez que se fala em religião e Deus e etc, existe uma moralidade implícita. O conceito de haver um Deus (ou vários) nunca me pareceu absurdo. Acho que até faz bastante sentido. O que sempre me confundiu é a moralidade que lhe é dada.
A resposta que dás, omwo, tem muito a ver com isso. É o Pai Natal, Krishna, Cristo, etc. Dizes que quando falas em Deus vês uma representação de uma pessoa. Implica então moralidade humana. Para mim, Deus não tem nada de humano.

Orlando disse...

A Mona Lisa e verdadeira ou falsa? A criação de uma religião enquanto obra de arte não pode ser qualificada como veradeira ou falsa.

Heidegger é poeta de primeira água.
Para quem goste. Enquanto filosofo, dispenso.

António Araújo disse...

Não falava do meu Deus, mas do Deus dos outros.

O "meu" não está bem definido. Uso a palavra como uma mera abreviatura, por vezes - para "a forma como as coisas são", as "causas desconhecidas", ou as leis da física, ou ainda muitas outras coisas.

Um artificio literário :)

Não quer dizer que não exista um Deus antropomorfico. Tal como não quer dizer que o Pai Natal não exista. Com probabilidade semelhante.

Orlando disse...

Madi, o OMWO não quer abdicar do direito de usar o nome de Deus em vão.

Broken M disse...

LOL

A minha pergunta foi em que TU pensas e não os outros, omwo...

António Araújo disse...

Eu respondi (inicialmente) ao que *eu penso*... do Deus dos outros :)

ON: eu não o podia ter dito melhor :)

O mundo perderia a piada sem um Deus contra o qual blasfemar em publico.

Consequentemente, tinha ainda mais piada o politeismo.

Anónimo disse...

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