Os pais costumavam ser poucos e os filhos muitos. Alguns morriam. Era normal. Ficavam sempre alguns para cuidar dos pais na velhice. Os mais velhos estavam no centro da família. Era-se filho de. Depois a prole começou a diminuir e o centro deslocou-se. Quando nasce a primeiro criança da nova geração todos mudam de estatuto. Passam a ser o avô da, a mãe do. Os pais da são rapidamente promovidos a motoristas da, dividindo o seu tempo entre o ballet, o inglês e a natação.
Em cada famíla uma geração pagou o preço da mudança. Nunca saíram da periferia. Envelhecer é também mais duro agora. As maleitas da idade deixaram em geral de ser compensadas com uma maior atenção e poder. São agravadas pelo afastamento para a periferia. Tudo está bem desde que aparentemos a idade de um jogador de futebol. A idade que James Bond deve aparentar, embora o actor seja muito mais velho.
Os barrigudos da primeira geração de jovens que nasceu no centro não aceitam de bom grado o afastamento para a periferia. Têm agora o direito a uma série de televisão em que o mundo é visto do ponto de vista de um quarentão barrigudo, o gangster Tony Soprano. Embora reconheçam a qualidade da série, é normal os jovens de vinte e pouco anos embirrarem com ela. Não sabem bem porquê. Talvez porque não estão habituados a ver alguém que não eles no centro do mundo?
Desperated Housewives é o equivalente feminino d'Os Sopranos.
Durante séculos as pessoas caminhavam ao longo da vida da periferia para o centro. Agora é o contrário. Esta nova situação não é estável. Ninguém quer largar o centro. Para onde irá evoluir?
Em cada famíla uma geração pagou o preço da mudança. Nunca saíram da periferia. Envelhecer é também mais duro agora. As maleitas da idade deixaram em geral de ser compensadas com uma maior atenção e poder. São agravadas pelo afastamento para a periferia. Tudo está bem desde que aparentemos a idade de um jogador de futebol. A idade que James Bond deve aparentar, embora o actor seja muito mais velho.
Os barrigudos da primeira geração de jovens que nasceu no centro não aceitam de bom grado o afastamento para a periferia. Têm agora o direito a uma série de televisão em que o mundo é visto do ponto de vista de um quarentão barrigudo, o gangster Tony Soprano. Embora reconheçam a qualidade da série, é normal os jovens de vinte e pouco anos embirrarem com ela. Não sabem bem porquê. Talvez porque não estão habituados a ver alguém que não eles no centro do mundo?
Desperated Housewives é o equivalente feminino d'Os Sopranos.
Durante séculos as pessoas caminhavam ao longo da vida da periferia para o centro. Agora é o contrário. Esta nova situação não é estável. Ninguém quer largar o centro. Para onde irá evoluir?
18 comentários:
Muitos jovens demonstram uma irritação relativamente à candidatura de Soares que me parecia estranha. Alguns deles até votaram PS nas ultimas eleições. O homem realmente tem muita lata: quer voltar ao centro aos oitenta e um!
Não inclui esta frase no post para não o tornar em mais um post político. Até porque mudei de ideias. Não vou votar em Mário Soares.
Madi, as bocas são mesmo para ti:)
Eu não votei PS nas últimas eleições.
Hoje é péssimo dia para se falar de política...já não os posso ver à frente :)
Não são TODAS para ti, Madi. Só a das donas de casa e a da irritação com o Soares. Lá por não votares nele não tinhas de estar irritada:)
Isto não é combate político!
on,
vou ter que dar a mão à palmatória e confessar que não percebi as bocas.
Não estou irritada particularmente com o soares, mas acho que a sua candidatura (bem como a do Cavaco) representa algo que se passa em Portugal: total estagnação de mentalidade. A questão de não haver qualquer renovação.
Não percebi mesmo o que as donas de casa têm a ver com se estar no centro do mundo.
Nunca vi os Sopranos (nem sei bem porquê!).
Madi, faz-se um post (também) para aprender. Para comunicar uma ideia e ver se funciona. Até agora não tive nenhum sinal de concordancia. É possivel que o tiro tenha passado ao lado. Vou tentar explicar um pouco melhor:
A ideia de a familia estava centrada nos mais velhos e passou a estar centrada nas crianças parece-me evidente. É possível que quem tem vinte e quatro anos não tenha consciencia de que não foi sempre assim mas os leitores mais velhos devem concordar comigo. Concordam?
Antigamente não se levava as criancinhas ao ballet a menos que o ballet fosse uma coisa mesmo muito sério. E nesse caso era só ballet. Não havia inglês e piscina.
Alguns amigos meus da idade do Tony Soprano falam da série com uma alegria pouco normal: basicamente estão a dizer: finalmente alguem neste universo me compreende!
Comentários por favor. Digam ao menos:
Esquece este post, on: é uma idiotice pegada!
Se não há renovação, a culpa não é deles, é de quem não se candidatou:)
Não, não "é uma idiotice pegada". :-) Quanto a mim, está muito bem visto, On.
Eu adoro "Os Sopranos". Não esqueças este post, ON.
Quem está lá no centro, como diz, não o vê. Não é? Depois não percebe do que está a falar:)
Eu gostei do post, on!
E concordo com o que dizes. De qualquer maneira, não consegui perceber o que isto tem a ver com as donas de casa.
E claro que eu gosto de ler posts para aprender.
Também acho que isto hoje é muito centrado nas crianças, e ainda por cima de onde eu venho a geração em que isto ocorreu foi ainda anterior a que acontece em Portugal.
De qualquer modo, não se faz juízo de valor em relação a isto. Acham bem ou acham mal? É só uma contastação?
"Esta nova situação não é estável. Ninguém quer largar o centro. Para onde irá evoluir?"
Antigamente os pais ganhavam importancia quando tinham filhos, e garantiam a sua subsistencia na velhice. Agora perdem importancia. Como não queremos que as criacinhas nos afastem do centro, a natalidade caiu abruptamente e surgiram problemas demograficos graves.
Ainda mal começaram. A variedade ocidental do homo sapiens esta em risco de extinção.
Um aumento da natalidade tem a ver com uma nova atitude para com a dinamica do "problema do centro".
"Para onde irá evoluir?"
Acho que ninguém tem resposta a isto. Acabou por tornar-se uma pergunta retórica, ao menos por agora...
A questão é que mesmo que não haja resposta, em tudo na vida há mudanças. Apenas não conseguimos ver qual será a nova cultura ocidental.
E é verdade que hoje nos países ocidentais desenvolvidos o Estado acaba por investir em população. Paga-se para que as pessoas procriem. Na Finlândia, não há emissão televisiva ao domingo como incentivo ao aumento da natalidade.
Não é sustentável, pois não é. Nós fomos educados como o centro e agora não queremos ir para a periferia e fazer com que os nossos filhos fiquem no centro. E também não queremos deixá-los na periferia. Escolhe-se não ter.
Alguns não se importam com a periferia.
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