quinta-feira, junho 23

Para um arrastão não traumático

Anuncia-se para este verão um forte policiamento das praias. Como é difícil com lençol curto tapar os pés e a cabeça, arriscamo-nos a ter problemas em terra.

Tem-se registado uma preocupação grande entre as populações e em vários sectores de opinião, na sequência do caso do arrastão e das notícias sobre assaltos em comboios. As preocupações vão em sentidos desencontrados: há quem receie a insegurança e há quem esteja mais inclinado a denunciar os riscos de surgimento de racismo e xenofobia. Esta última atitude tem sido bem visível em declarações do BE e de sectores próximos de outros partidos que se convenciona referir como de esquerda e dá voz ao sentir de estratos sociais numericamente significativos. Uma discussão que teve lugar neste blog a respeito do assunto é exemplo ilustrativo.

Foi aqui proposta e debatida uma ideia para resolver o problema. Consiste em treinar os cidadãos em artes marciais para fazer face a eventuais tentativas de agressão. Eu creio que a ideia peca por não ser universalmente aplicável: não podemos exigir isso a crianças, senhoras e idosos, o que os tornaria presas ainda mais fáceis.

Em contrapartida, lanço aqui uma proposta diferente. Trata-se apenas de pôr as pessoas certas nos lugares certos: como agora se diz, fazer uma gestão eficiente de recursos humanos. Em particular, dispensa o policiamento intensivo de certos locais deixando outros em perigo. E procura harmonizar as preocupações de sentidos diferentes.

1. O BE e demais partidos interessados promoverão a formação de uma bolsa de cidadãos, que poderemos designar por arrastados voluntários, dispostos a cooperar na operação. Estes cidadãos deverão comprovar um elevado sentido de culpa pelo passado colonial europeu e tendências fortemente multiculturalistas, tudo certificado pelos Drs Júlio Machado Vaz e Daniel Sampaio.

2. A CP cria uma carreira semanal Benfica-Cacém e volta, onde voluntários recrutados têm passagem gratuita. Cada voluntário deve ser portador de um telemóvel com ecran a cores e 50 euros (assalto mínimo). O horário será divulgado junto dos potenciais interessados em arrastar o que quer que seja, juntamente com a indicação de que a PSP se compromete a manter-se longe dos locais de trajecto durante a viagem.

(A julgar pelos indícios que temos, voluntários não faltarão. E a operação deixará todos felizes. Algum jornalista que queira inteirar-se do sucedido terá dificuldade em saber quem é vítima de quem.)

3. Para evitar cair na monotonia pode reservar-se, uma vez por mês, uma carruagem destinada aos rapazolas que promoveram a manifestação no Martim Moniz. Esses estão dispensados de levar o telemóvel e os euros.

Eu não me ofereço porque entendo que já dei o suficiente. Tendo morado durante 15 anos numa rua de Lisboa vizinha de bairros problemáticos, fui assaltado três vezes, por pequenos grupos (nunca mais de 12 jovens), tendo-me sido arrastados 3 telemóveis e alguns euros. Também tive um vidro de um carro partido e levaram-me o canhão da ignição. Por duas vezes ao dirigir-me para casa tive de ir dar uma volta para bem longe porque um grupo que eu já bem conhecia estava à porta do prédio para ver quem chegava. Certa noite um vizinho meu foi espancado no hall e não me apetecia que repetissem a mesma dose comigo.

32 comentários:

António Araújo disse...

Delicioso! Adorava ter escrito este post. O melhor elogio que posso fazer é que nem sinto vontade de dizer mais nada :)

Orlando disse...

O essencial é conseguir entrar em casa...

Subscrevo o Artista que passou a chamar-se om qualquer coisa.

Anónimo disse...

:) Excelente!

wind disse...

Espectacular post!:)

Anónimo disse...

Sentido de humor. Por causa do amor...

Orlando disse...

Já chega de elogios.
Falemos então de "artes marciais".

Acima de tudo, é uma questão de atitude.
Se nos apontarem uma pistola ou uma faca, o caso é mais complicado. Mas em alguns assaltos, bastava que as pessoas que passam não ignorassem a situação para que o assaltante desaparecesse. Da vez seguinte, pensava duas vezes.

As artes marciais podem realmente ajudar bastante. Nem é preciso que lutemos. Pratiquei Aikido vários anos.
O Aikido não é uma forma de luta eficiente. No entanto habituei-me a cair cem vezes numa hora, sabendo que se a cometesse um erro podia aleijar-me. Quando uma pessoa se habitua a essa ideia a perspectiva de apanhar uma sova torna-se menos angustiante. Isto só por si já faz uma grande diferença.

Quando se tem menos medo, a nossa linguagem corporal é diferente. A probabilidade de sermos assaltados diminui imediatamente. Convem notar que o assaltante tambem tem medo.

Anónimo disse...

Dois assaltos em Lisboa (eu vítima e não assaltante): colheita: um telemóvel e um fio de ouro, alguns trocos. Ainda assim continuo a pensar que vivo numa cidade segura. Não me ofereço para nada.

Anónimo disse...

Não era anónimo, era wei.

Anónimo disse...

On: Ciúminho?! Ohhhhh... :)))

Orlando disse...

Sofia,
A verdadeira forma de elogiar um post é dizer qualquer coisa de jeito sobre ele.
Ou não será?

Anónimo disse...

Ah, ok! Já percebi. Adjectivá-lo não chega. Bem me parecia que havia tensão no ar...

Orlando disse...

Pronto, confesso. Estou a morrer de inveja do lino. Satisfeita, Madre Teresa?

Ainda por cima ia começar uma série de posts sobre factos políticamente incorrectos e ele antecipou-se.

Anónimo disse...

Se eu não fosse tão boazinha e pura, diria que não... Mas pronto. Uma semaninha no purgatório e não se fala mais nisso...

Anónimo disse...

Que é isso, a acrescentar coisas aos comentários originais? Batota, acho eu.

Anónimo disse...

"A única forma de elogiar um post é dizer alguma coisa de jeito sobre ele".
E o que é uma coisa de jeito? Dizer que se gostou? Ou por exemplo falar de coisas que o post despoletou, mesmo que não se fale directamentte sobre ele?

Orlando disse...

Eu disse "a verdadeira". Acho que o fundamental é contribuir com ideias novas. Mas já confessei que o essencial é inveja do Lino.

E se nós dessemos atenção ao post? Isto é uma desconsideração ao autor. Penitência: Dois comentários a sério para a Sofia e para mim e um para a Sara. Até ao por do sol do dia de hoje!

Anónimo disse...

Neste blog há uma série de pessoas especializadas en Karate verbal que intimidam os falantes menos dotados com o peso das suas palavras. Concordo que até o fazem bem. Como o Le Pen do anúncio do post acima. Não são capazes também de falar a sério e propor soluções para os problemas?

Anónimo disse...

Esta noite, tive o seguinte sonho: Na praia de Carcavelos, estava um homem, branco, numa asa delta que tinha acabado de amarar. Aproxima-se um Skin head, numa mota de água, que tenta agredi-lo.Pude sentir o pânico do homem da asa delta. Já tentei interpretar este sonho, sem sucesso. Não passei da parte de tudo se passar sobre a água, elemento associado às emoções e ao conflito entre elas. Quando li este post, o que sobressaiu foi o sarcasmo nele contido. A forma genial como demonstra que é possível usar o humor inteligente para dizer algo importante. É a melhor forma, na minha opinião. Muito menos passível de gerar reacções intempestivas e, consequentemente, promover uma discussão produtiva, de pontos de vista diferentes. Este, é o primeiro comentário sério, sobre a forma como o post está escrito. No próximo comentário, ainda mais sério, vou dar a minha opinião sobre o assunto.

Anónimo disse...

Eu, sofia, me confesso. Se me perguntarem para que lado tendo, a resposta é pronta: Não é, de forma alguma, para o lado dos coitadinhos de 2ª geração que, inadvertidamente e sem combinação prévia (até acredito que assim tenha sido - a parte da combinação, claro - porque é assim que funcionam), espalharam a confusão na praia. Na minha opinião, a solução passa por castigar que claudica, independentemente de, neste momento, isso não ser politicamente correcto. A conversa da tolerância, a meu ver, está a ir longe demais. Há limites para tudo. Até para a tolerância. Quem não está bem aqui e não é de cá, que se mude. Ou seja mudado. E antes que alguém se lembre de me chamar racista ou xenófoba, quero apenas dizer que já ouvi a seguinte frase, dita por um desses individuos: "Chegou a hora de pagarem por tudo o que nos fizeram".

António Araújo disse...

Quanto à conversa das artes marciais, tenho que responder ...o meu ponto fundamental não era que se todos soubessem Karate ficava tudo resolvido porque defendiam-se sozinhos. O que eu frisei foi que é preciso incutir nas pessoas um tipo de responsabilidade social diferente. Se a tal velhinha é assaltada por 10 tipos adultos é claro que o karate nao a safa. Mas o que eu espero é que se a velhinha for assaltada no comboio por dois tipos em frente a 10 cidadaos adultos, esses 10 cidadaos se levantem em simultaneo para a ajudar. Nao é isto que acontece hoje, porque ninguem quer ser o primeiro (e talvez unico - ja me aconteceu) a enfrentar os 2 tipos. A forma de resolver isto é aprender previamente, desde muito cedo, que a reaccao standard, que se espera, que se exige, é que se levantem todos imediatamente. Chamem a isto "educação cívica compulsiva".

As tais aulas de artes marciais (pouco interessa qual) servem apenas para dar a confiança necessaria a esse passo. A maioria das pessoas não sabe o que é a pancada da adrenalina, confunde-a com o medo, e isso deixa-os bloqueados. Uma arte marcial bem escolhida, apesar de elas serem quase todas ineficazes a principio, é uma introdução razoavel à coragem fisica basica. Mas tão ou mais importante é uma mudança institucional dos padrôes da espectativa social. É necessário que haja um preço para a inação. Não ajudar (de forma razoavel) o proximo numa situação dessas deveria ser punido com um estigma social adequado. No fundo deviamos estar sempre "na tropa". Um soldado nao pode recuar sem ser punido por isso, a nao ser que a situação seja suficientemente desfavoravel. Um civil também deveria estar sujeito a regras similares (daí a insistencia nas tais "aulas", porque um soldado também recebe treino antes de ser sujeito a essas regras). Quem recusasse assistencia razoavel deveria incorrer em penas civis, a nivel monetario e essencialmente social - perder certos direitos sociais na Polis, ja que nao se integra nela da forma esperada - como perder temporariamente o direito a votar, ou ser sujeito a uma situação fiscal menos favorável, com a razao devidamente explicitada para incutir o temor de ser ostracizado pelos demais, temor necessário a compensar o natural medo do confronto físico.

De resto, e repetindo que este não é o meu ponto principal, concordo com o que disse o ON. desde que cheguei a um ponto razoavel no Karate (outra arte quase tao "ineficaz" como o Aikido) que nao consigo ser assaltado, apesar da minha camera inseparavel e da carteira bem visivel. A atitude muda e os ladroes sao tipos pacatos (e perspicazes) que em geral nao querem sarilhos e so chateiam quem se prevê que nao resista. Uma vez um tipo que dizia ter acabado de sair da prisão e que "queria uns trocos" ameaçou-me. Quando lhe deixei claro que não me importava nada de lutar, e que, aliás, insistia nisso, fez o ar mais espantado do mundo e lembrou-se que tinha algo a fazer noutro sitio. Quando chegou ao outro lado da rua voltou a insultar-me, mas quando fiz menção de o seguir acelerou o passo. Acrescento que o meu aspecto físico não o assustava nada ( eu tinha que olhar para cima para falar com ele ), pelo que a atitude faz mesmo diferença. Eu sei por experiencia propria que posso lidar com um tipo mais forte, e ele soube ler que eu o sabia. Mais importante, eu sei que nao me importo de arriscar uma tareia, e ele claramente importava-se. Para ele é um negocio. Se ele partir um braço como é que vai assaltar alguém amanhã?

As vezes acho que até as velhinhas teriam uma hipotese razoavel.:)

Claro que no caso referido pelo LINO, seria estupido enfrentar sozinho um grupo que estava à espera e preparado para lutar. Mas na sociedade que eu exigo nao era o Lino mas o predio inteiro, e de seguida a rua inteira que lhes caía em cima. Nao se trata de justiça popular (se possivel chamava-se a policia) mas de mero dever cívico numa situação de emergência em que a autoridade esteja ausente.

A.

CA disse...

A solução do A. começava a parecer-me boa. Contudo há o problema dos antibióticos que me vai talvez levar a ser politicamente incorrecto por ser politicamente correcto (se os comentários são politicamente incorrecto, os correctos passam a ser incorrectos, não é? ;) )

A solução do A. funciona se muito poucos a adoptarem. Contudo, se todos os alvos possíveis dos assaltantes forem difíceis da assaltar, tudo vai depender das motivações dos assaltantes (perceber o que leva as pessoas a assaltar pode parecer uma preocupação "de esquerda", politicamente correcta, mas é do mais elementar bom senso conhecer o adversário ou inimigo, independentemente de se gostar dele ou não). Se os assaltantes tiverem uma motivação muito forte para assaltarem e a maioria das pessoas reagirem rapidamente e em força pode muito bem acontecer que os assaltantes passem a ser muito mais duros e agressivos para conseguirem os seus intentos. Onde hoje um assaltante se aproxima desarmado e se afasta apenas pela sugestão de luta, amanhã pode encostar uma faca ao pescoço e conversar muito pouco. A experiência de outras sociedades, mesmo com penas de morte e tudo, como os EUA, mostra que se a sociedade aumenta o nível de violência a criminalidade tem uma reacção análoga, podendo um vulgar assalto acabar em mortes, coisa que em Portugal ainda é rara. Como nas infecções, o uso indiscriminado de antibiótico fortes cria bactérias multiresistentes muito mais perigosas e difíceis de controlar.

Anónimo disse...

Como não existem filtros para vírus, e a única solução está em criar vacinas, também se pode deduzir que, com medidas a par das indicadas, se pode chegar lá. Começando na educação na 1ª infância, por exemplo. Se se investir mais na educação precoce, se se implementarem leis que protejam a maternidade (pais incluidos, obviamente) e promovam um desenvolvimento mais saudável dos potenciais assaltantes de amanhã, estará mais um passo dado. É óbvio que a criminalidade nunca acabará. Será apenas mais um passo dado, no sentido da sua diminuição.

Anónimo disse...

On: O sol já se pôs... ou é impressão minha?

António Araújo disse...

Confesso: O que me perturba mais até nem são os assaltos. Um pouco de perigo até faz bem à alma. A minha proposta teria acima de tudo a vantagem de criar cidadãos que *merecem* ser defendidos. Os de hoje são tão tenrinhos e medrosos e vivem numa tal fantasia torpe e sao tao pouco prestaveis uns aos outros que sempre que me meto em sarilhos por causa de um deles lamento-me, porque o faço apenas por um sentido de obrigação para comigo proprio e não por qualquer verdadeira fraternidade ou empatia. Sinto mais empatia com o ladrão, que ao menos, em alguns casos, ainda tem uma réstia de espinha dorsal.

Isto é que é verdadeiramente triste. Se não fosse por sentir vergonha, eu tambem viraria costas, porque fraternidade ja sinto muito pouca, quando adivinho que o meu concidadão não faria o mesmo por mim...

A.

PS: Recordação subita, a propos - uma vez no carrefour de telheiras um segurança estava em risco de ser espancado por um grupo de uns seis jovens negros (note-se que o segurança tb era negro, por isso esta nao foi uma questao racial). Deviam haver umas centenas de pessoas ali. Eu estava a pagar quando isto aconteceu, saí da fila e fui pôr-me ao lado dele. Depois chegou mais um segurança e os tais meninos acharam que ja era gente a mais e recuaram sem violencia. Entretanto, *ninguem* de entre as centenas de clientes se mexeu para o ajudar, mas a "senhora" que estava na fila atras de mim ja estava a refilar pela minha falta de consideração em atrasar a fila daquela maneira. Digam-me, esta gente merece o quê?

Pergunto-me, se tivessem de facto batido no homem, eles continuavam todos (de cabeças baixas para fingir que não viam) a por as compras nos saquinhos, e a pedir os cupons de desconto, e a confirmar se os yogurtes estavam todos na validade? É esta gente que nós queremos ser?

Roma caiu porque mereceu cair.

Orlando disse...

Caro CA,
compreendo as tuas preocupações. Suponho que vais seguir a sugestão do Lino e tomar o lugar no comboio?

Orlando disse...

Haveria uma escalada do crime se as pessoas se começassem a defender? Foi com base nessa teoria que surgiu na Alemanha o slogan Better Red then Dead.
A ideia das pessoas que lançaram o slogan era que a guerra nuclear era inevitavel e não tinhamos alternativa em
para sobreviver senão aceitarmos o domínio da URSS. Onde é que está a URSS? E nós ainda cá estamos.
Se nós não queremos correr risco nenhum a democracia acaba. Pela minha parte, tenho corrido alguns.

O fim do serviço militar obrigatório é uma ameaça para a democracia. Havia sim que reduzir o tempo e reorganizá-lo.
Fazer um serviço militar a guiar o carro do general não faz sentido.

Orlando disse...

Muitos crimes são cometidos porque racionalmente são a melhor escolha. Um jovem abaixo dos dezasseis anos não tem nada a perder. É inimputável. Se souber que corre um certo risco de ser preso ou ficar com um braço partido, pensa duas vezes. Se deixar de ser a melhor escolha, as coisas mudam. As medidas sociais só resolvem o problema da criminalidade se tornarem o crime uma escolha menos racional do que outra alternativa.

Orlando disse...

Acho bem que se tomem as medidas sociais. Acontece que se a economia não melhorar podemos ser colocados perante um dilema do tipo: ou damos emprego ou senhor A, que é mais qualificado, ou ao senhor B. Acontece que o senhor B é mais susceptivel de cair na criminalidade do que o senhor A. Deixamos então no desemprego o senhor A em nome da paz social?

CA disse...

"Um jovem abaixo dos dezasseis anos não tem nada a perder. É inimputável."

É inimputável criminalmente, mas pode ser internado compulsivamente.

"Se souber que corre um certo risco de ser preso ou ficar com um braço partido, pensa duas vezes."

Seguindo esta linha de pensamento, sugiro a pena de morte para qualquer crime. Pelo menos resolvo o problema da reincidêcnia (que se torna automaticamente zero) e qualquer crime é fortemenete desincentivado.

Orlando disse...

Não ia contar esta historia mas tem de ser. Cheguei a uma bomba de gasolina ao pé da minha casa por volta das onze da noite. Nesse dia estava mal disposto. O segurança rebolava pelo chão. Saí do carro e com a ajuda de outra pessoa meti os quatro prevaricadores dentro da loja outra vez e pedi à empregada da loja para chamar a polícia. Não posso permitir que aconteçam cenas destas a menos de duzentos metros da minha porta. Como é que consegui fazer aquilo? Porque os assaltantes tinham medo. Quando viram alguém com menos medo que eles e uma proporção de menos de dois para um a favor deles, acovardaram-se. A polícia não aparecia. Tenho menos sorte do que o CA. A certa altura o mais jovem começa a levantar cabelo e a minha atitude meteu-o outra vez na ordem. Aí o maior deles, com mais dez centímetros do que eu diz-me: Veja lá se toca no míudo. Ele tem menos de dezasseis anos. Aí o miudo começou outra vez a ser insolente. Apesar de tudo controlei outra vez a situação. A polícia não vinha e eu não podia ficar ali toda a noite. Quando o meu carro arrancou, vi pelo retrovisor que o segurança já rebolava outra vez pelo chão.

Vários homens assistiram a toda a cena como se não fosse nada com eles.

Anónimo disse...

Best regards from NY!
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Anónimo disse...

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