Amanhã e depois os italianos vão votar num referendo. O que faz desse referendo notícia é o facto de a Conferência Episcopal Italiana, apoiada pelo Papa (Bispo de Roma) apelar à abstenção como forma de invalidar o referendo pois, sem que a maioria dos eleitores vote, a lei a ser referendada ficará como está.
Uma atitude destas em democracia é uma evidente falta de respeito pela maioria, que eventualmente poderá e deverá ser anulada usando outros mecanismos da democracia.
Como católico devo deixar aqui escrito que me parece profundamente incorrecta esta forma de estar em democracia, esta forma de fazer política. Se a razão não é suficiente para convencer a maioria do eleitorado das suas posições, a minoria não deve pôr em causa os próprios mecanismos de decisão apenas para evitar que a vontade da maioria se concretize.
A Igreja Católica tem uma longuíssima história de intervenções políticas nas sociedades onde se insere e uma também longuíssima história de desastres provocados, posições profundamente imorais, associação a todo o tipo de poderes anti-evangélicos. Tantos erros aconselhavam seguramente muito mais prudência e não uma tentativa de mobilizar minorias contra a democracia. Mas a vontade de influenciar parece ser muito maior do que a humildade de reconhecer as próprias limitações.
Quanto ao assunto do referendo, ele não é de todo um assunto menor mas não pode ser abordado à pressa e hoje não tenho o tempo para falar dele. Espero tratá-lo numa próxima oportunidade.
Uma atitude destas em democracia é uma evidente falta de respeito pela maioria, que eventualmente poderá e deverá ser anulada usando outros mecanismos da democracia.
Como católico devo deixar aqui escrito que me parece profundamente incorrecta esta forma de estar em democracia, esta forma de fazer política. Se a razão não é suficiente para convencer a maioria do eleitorado das suas posições, a minoria não deve pôr em causa os próprios mecanismos de decisão apenas para evitar que a vontade da maioria se concretize.
A Igreja Católica tem uma longuíssima história de intervenções políticas nas sociedades onde se insere e uma também longuíssima história de desastres provocados, posições profundamente imorais, associação a todo o tipo de poderes anti-evangélicos. Tantos erros aconselhavam seguramente muito mais prudência e não uma tentativa de mobilizar minorias contra a democracia. Mas a vontade de influenciar parece ser muito maior do que a humildade de reconhecer as próprias limitações.
Quanto ao assunto do referendo, ele não é de todo um assunto menor mas não pode ser abordado à pressa e hoje não tenho o tempo para falar dele. Espero tratá-lo numa próxima oportunidade.
5 comentários:
Hoje não quero falar de política...só quero deixar um abraço de bom fim de semana... ;-)
Também o que esperavas deste Papa ou de qualquer outro? Bom resto de fim de semana:)
Eu diria que um dos problemas está em quem fez a lei. Não passa pela cabeça de ninguem invalidar um referendo com 45% de votos a favor e nenhum voto contra. É isso mais significativo do que ter 45% a favor e 44% contra?
Tmabém me parece claro que quem pretende ser melhor do que os outras não pode usar golpes baixos.
Absolutamente de acordo contigo. Beijo.
Cool blog, interesting information... Keep it UP » »
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