é a dança clássica do sul da india. A mais antiga e mais conhecida. Nunca me agradou por aí além. Tem cores a mais. Faz-me lembrar os filmes indianos de Bollywood. O verão passado assisti a uma palestra introdutória a esta dança feita por umas das suas melhores executantes e fui conquistado. É uma espécie de yoga em movimento.
Muitas das esculturas religiosas hindus são baseadas em posturas desta dança. A postura da figura acima é a postura tradicional de Shiva, o dançarino, o poderoso deus da criação e da destruição, representado nesta estátua:
Muitas das esculturas religiosas hindus são baseadas em posturas desta dança. A postura da figura acima é a postura tradicional de Shiva, o dançarino, o poderoso deus da criação e da destruição, representado nesta estátua:
Como devem ter reparado, falta a Shiva um dos seus quatro braços. Manter esta postura durante alguns segundos que seja é um feito atlético não trivial. É necessário estar completamente descontraído e ter a coluna perfeitamente direita.
A jovem dançarina japonesa da figura acima executa a mesma postura. A fotografia foi tirada de outro angulo. Trata-se de uma principiante que ainda não dobra a perna direita como manda a tradição. Experimentem as duas versões e vejam a diferença. Como podem ver todo o peso repousa sobre o osso talar, o osso que fica por cima do estribo quando se anda a cavalo. Só alguém com uma postura perfeita pode executar esta postura de forma a podermos reconhecer nela a graciosidade e a força que são os atributos tradicionais de Shiva. Mesmo que o nosso objectivo não seja ganhar a vida como bailarinos, temos muito a ganhar em sermos mais parecidos com o senhor da esquerda.
O esqueleto do lado esquerdo está em equilíbrio. O senhor da esquerda quase que não necessita de utilisar os seus musculos para se aguentar de pé. Usa-os apenas para se mover. Quando um musculo que devia ser usado para nos movermos passa a ser usado para nos sustentar, encurta e começa a causar problemas. Um dos problemas são as famosas dores de costas.
O nosso corpo guarda na sua memória muscular todas as tensões do dia a dia. Se já tivermos uma má postura essas tensões gravam-se com mais facilidade. Depois transformam-se em dores de cabeça, depressões...
Dançar Bharatanatyam é certamente uma alternativa ao Prozac. O yoga é outra. Será que somos capazes de encontrar nas nossas tradições alternativas ao Prozac, sem ser preciso ir beber nas culturas alheias?
Podem ver aqui um conjunto de fotografias e videos de Bharatanatyam. Reparem na postura em cada posição de equilíbrio e na graciosidade com que a dançarina se move. Todos nós ajudaremos a tornar este mundo um pouco melhor se conseguirmos captar uma parte infima dessa graciosidade.
O nosso corpo guarda na sua memória muscular todas as tensões do dia a dia. Se já tivermos uma má postura essas tensões gravam-se com mais facilidade. Depois transformam-se em dores de cabeça, depressões...
Dançar Bharatanatyam é certamente uma alternativa ao Prozac. O yoga é outra. Será que somos capazes de encontrar nas nossas tradições alternativas ao Prozac, sem ser preciso ir beber nas culturas alheias?
Podem ver aqui um conjunto de fotografias e videos de Bharatanatyam. Reparem na postura em cada posição de equilíbrio e na graciosidade com que a dançarina se move. Todos nós ajudaremos a tornar este mundo um pouco melhor se conseguirmos captar uma parte infima dessa graciosidade.
3 comentários:
Interessante!
cool
Gostei de ler e aprendi bastantes coisas.
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