1. Em Timor há grupos de cidadãos que nas ruas agridem, detêm, levam para interrogatórios privados e julgam em tribunais populares outros cidadãos. Isto sucedeu com dois portugueses mas tem sucedido com timorenses. Tudo isto põe radicalmente em causa os direitos humanos e o estado de direito.
2. Como se não bastasse o facto de tudo isto ser feito por grupos ligados à Igreja Católica, os "tribunais populares" funcionam na casa do Bispo de Díli. Enquanto nos preocupamos com a violência do fundamentalismo religioso islâmico, somos surpreendidos com a violência organizada apoiada por Bispos da Igreja Católica.
3. Tão graves acontecimentos poderiam levar-nos a pensar que as manifestações se destinavam a proteger direitos essenciais do povo de Timor. Afinal, ainda recentemente, Timor estava sujeito a um regime ditatorial estrangeiro que massacrava pessoas apenas por se manifestarem. Mas aí percebemos que o que está em causa é saber se as aulas de religião e moral católicas são ou não obrigatórias.
Recapitulando: os timorenses estão preocupados com a formação e o futuro dos jovens, pelo que começam por querer obrigá-los a todos a ter aulas de religião e moral, mesmo que os seus pais não estejam de acordo, de modo a que eles entendam o respeito pelos outros e pelo papel das famílias na educação dos seus filhos. Para continuar a garantir um futuro assim risonho e moral põem em causa o estado de direito e a democracia de modo a que os jovens se vão treinando para respeitarem as suas próprias instituições. Finalmente aproveitam para algum exercício de violência e desrespeito pelos direitos humanos, também altamente formativo. O Bispo de Díli empresta a sua casa para estas actividades e explica-lhes que quando os fins justificam os meios e quando por coisas pequenas fazemos grandes guerras estamos a construir a paz e a concórdia.
Será que no Vaticano ou entre os bispos católicos não há ninguém que ajude os bispos de Timor a perceberem o que estão a fazer? Alguém conhece um endereço de e-mail ou site onde se possa dar uma sugestão aos bispos de Timor ou ao Vaticano sobre este assunto?
2. Como se não bastasse o facto de tudo isto ser feito por grupos ligados à Igreja Católica, os "tribunais populares" funcionam na casa do Bispo de Díli. Enquanto nos preocupamos com a violência do fundamentalismo religioso islâmico, somos surpreendidos com a violência organizada apoiada por Bispos da Igreja Católica.
3. Tão graves acontecimentos poderiam levar-nos a pensar que as manifestações se destinavam a proteger direitos essenciais do povo de Timor. Afinal, ainda recentemente, Timor estava sujeito a um regime ditatorial estrangeiro que massacrava pessoas apenas por se manifestarem. Mas aí percebemos que o que está em causa é saber se as aulas de religião e moral católicas são ou não obrigatórias.
Recapitulando: os timorenses estão preocupados com a formação e o futuro dos jovens, pelo que começam por querer obrigá-los a todos a ter aulas de religião e moral, mesmo que os seus pais não estejam de acordo, de modo a que eles entendam o respeito pelos outros e pelo papel das famílias na educação dos seus filhos. Para continuar a garantir um futuro assim risonho e moral põem em causa o estado de direito e a democracia de modo a que os jovens se vão treinando para respeitarem as suas próprias instituições. Finalmente aproveitam para algum exercício de violência e desrespeito pelos direitos humanos, também altamente formativo. O Bispo de Díli empresta a sua casa para estas actividades e explica-lhes que quando os fins justificam os meios e quando por coisas pequenas fazemos grandes guerras estamos a construir a paz e a concórdia.
Será que no Vaticano ou entre os bispos católicos não há ninguém que ajude os bispos de Timor a perceberem o que estão a fazer? Alguém conhece um endereço de e-mail ou site onde se possa dar uma sugestão aos bispos de Timor ou ao Vaticano sobre este assunto?
5 comentários:
Esse senhor que empresta a casa deve saber o que está a fazer. Afinal ele é Prémio Nobel da Paz...
Rapidamente, a ICAR está a ocupar em vilania o lugar deixado vago pelos indonésios.
É claro, que de acordo com o novo sumo sacerdote da ICAR, só há uma verdade que é a deles e, portanto, os timorenses estão a interpretar na máxima extensão a nova ideologia católica.
Quem é que os pode censurar sem pôr em causa toda a nomenclatura católica de Dili a Roma?
ON, a casa já não é de D. Ximenes Belo desde 2002.
Nos comentários a um post do Barnabé, a Zazie levanta uma série de questões que, de certo modo, podem "relativizar" esta questão. Penso que vale a pena tentarmos perceber melhor o que se estará a passar em Timor.
Se a casa é ou não de Ximenes Belo é pouco importante. Que ele está ligado ao movimento, é indiscutível. Os comentários da Zazie não me convencem. A igreja catolica é uma organização global e os seus membros sabem muito bem o que estão a fazer.
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