quarta-feira, dezembro 19

>Porque é que o amor não entra nessa "equação económica"?

Caro Jaime,

por amor referes-te àquele sentimento sublime e profundo cujas causas são sempre um mistério mas que por algum motivo só surge nos gajos face às tipas de mamas grandes e nas gajas face aos tipos que as tratam mal?
Isto é uma equação, não é um caixote de lixo para mitologias infantis. Nem mesmo no Natal.
Um conselho: lá porque as gajas dizem que gostam que os homens sejam gays, digo, sensíveis, e tal, não quer dizer que elas ofereçam alguma coisa aos tipos que cumprem com esses preceitos. Já o deves ter observado muitas vezes. Uma ideia: se calhar, se uma coisa se repete frequentemente, é porque não é acidental.
As mulheres falam de amor como os Ingleses falam de sabão: Se ouvires o que eles dizem, parece que o inventaram, mas se vires o que eles fazem, parece que não sabem o que é nem para que serve.
Se queremos perceber as mulheres, pedimos-lhes que nos expliquem. Depois pomos o som em off e anotamos como de facto elas agem.
Isto não é ser misógeno, pelo contrário, eu ADORO as gajas. Mas se vais ter cascavéis como bichos de estimação convém que aprendas primeiro qual é o lado que morde. ;)

PS: Bate lá, Sofia, anda. Today is a good day to die! ;)

OMWO

50 comentários:

Orlando disse...

Resposta do OMWO a uma pergunta do Jaime nos comentários ao post "A Economia do Sexo".

Anónimo disse...

Excelente resposta, OMWO! Mas que triste casa, onde o amor fica à porta, a que chama lar.

Anónimo disse...

Jaime,
o paraíso existe.
Mas é preciso primeiro dobrar a esquina.

Anónimo disse...

Aqui no pais contiguo, onde estou ubicado, estreou recentemente um programa de televisao, onde se providencia terapia gratuita para casais à beira do precipicio.

Naturalmente é um programa com uma audiencia feminina, logo os "terapeutas", nao querendo morder a mao que os alimenta, poem-se sempre do lado das mulheres.

Logo no primeiro programa apareceu um rapaz, o Pablo, muito pacato e passivo. A sua parceira era a Pilar, bastante histérica, que estaria melhor servida com um tipo egoista, que a controlasse, e nao com um pacato ser como o nosso Pablo.

A sua interaçao como casal era, ou para rir ás gargalhadas ou para chorar de pena. Ela gritava-lhe, infeliz, ele encolhia os ombros em sofrimento, sem perceber porque era assim tratado.

Os nossos terapeutas contriburiram em grande, arengando o nosso Pablo que ele nao tratava a Pilar o suficientemente bem, nem demonstrava o seu amor e carinho vezes que bastassem.

Na conclusão desta estória o nosso Pablo, levando a sério os concelhos dos seus idóneos terapeutas, concluio o programa pedindo, em lágrimas, a Pilar em casamento.

Woody Allen, nos seus melhores dias, nao o poderia ter escrito melhor.

Anónimo disse...

Foi o OMWO que pediu para eu fazer não sei o quê??

Anónimo disse...

>Excelente resposta, OMWO! Mas que >triste casa, onde o amor fica à >porta, a que chama lar.

Acho que não percebeste.

O amor não fica à porta. Ele tem é regras que não são as que estão no pacote. It's not as advertised.

Supõe que gostas de uma miuda, mas ela tem um nariz feio.

Ha duas escolas de pensamento:

1) Ah, e tal, como eu gosto tanto dela eu não reparei que ela tem o nariz feio

2) Ah, eu reparei que ela tem o nariz feio e mesmo assim eu gosto dela.

O amor é a mesma coisa. Não é aquilo que se pensa. É outra criatura, tem um nariz feio mas muitas outras qualidades redentoras. Se gostas ou não, é contigo, mas convém decidir sobre a visão real do pacote, e não uma que idealizaste.

Eu prefiro o 2), portanto. Nunca gostei de vendar os olhos (er....quer dizer...). Gosto de ver as coisas como são. Muitos homens estão apaixonados por uma ideia da mulher e do amor que não é mais que uma farsa. Se vissem as mulheres com os seus defeitos não conseguiam gostar delas. Eu vejo-lhes bem os defeitos, custou mas aprendi. E mesmo assim gosto delas. E muito. Mas gostar, ou mesmo amar, não significa aturar-lhes as tretas e levá-las nas palminhas. Curiosamente, nem elas gostam disso.

Há uma diferença entre ser um bom tipo e ser um panhonha. Para nós, é uma linha dificil de definir, mas elas têm regras (algo doentias e masoquistas) que o determinam claramente. E elas detestam os panhonhas. Ou melhor, adoram...como amiguinhos, simpáticos, tão queridos, que servem de tapete emocional. Não é uma carreira invejável.

Sempre que possível, devemos ser bons tipos. Mas quando na dúvida, mais vale assegurar que não cruzámos a tal linha. Eu não faço questão de ser bom tipo. Mas insisto em ser um tipo feliz.

OMWO

Anónimo disse...

Mas a minha objecção não foi à ideia do amor, foi ao facto de o inserires no meio de uma conversa sobre prostituição. Isso vinha a propósito de quê?

A conversa de que o sexo sem amor não faz sentido é uma patranha feminina em que só cai quem quer.

Curiosamente a mesma miuda que diz isso descobre dois segundos depois que ama desesperadamente um gajo que acabou de conhecer. Porquê ? Pela maravilhosa personalidade...do seu aspecto físico. E claro, como ela o ama (ai, o amor não se explica...) então já pode comê-lo à bruta na mesma noite.

Enquanto isso o panhonha que tem taaaaanto em comum com ela e que é o seu melhor amiguinho, e que lhe atura as tretas todas, fica a pensar porque é que aquilo não lhe calha a ele.

É simples. Porque o amor na maioria das vezes uma construção ficticia que se coloca em cima daquilo que se quer fornicar. E as mulheres são ainda piores nisso do que os homens porque sentem essa necessidade estratégica de nos convencer da indissociabilidade das duas coisas, e da inefabilidade da "química"...

Para quê? Para manterem o seu harém util de amiguinhos panhonhas apaixonados. Ou para manterem por perto os seus maridos lacaios. E para os convencerem a não procurar a satisfação sexual em outra parte. O panhonha de serviço de uma mulher, o seu lacaio emocional, pode perder anos com ela inutilmente. Ela cativa-o pelo que não lhe dá, pelo que ele julga poder obter um dia. Habilmente ela não lho concede, até porque se o fizesse ele perceberia que afinal aquilo, mesmo que bom, não é o nectar dos deuses. A maioria das vezes não passa de uma mulher comum. O mesmo panhonha ganharia mais em investir o mesmo tempo em qualquer outra mulher à sua volta. QUALQUER uma. Ou mesmo (e possivelmente melhor, e mais seguro) numa visita a um bom bordel. Rapidamente teria melhores frutos, e, no mínimo, recuperava a posse dos seus orgãos cativos.

OMWO

Anónimo disse...

on, acredito que para si seja assim.

OMWO, tanta teoria...

Anónimo disse...

Pobrezinhos... :)))
Acham-se tããããão mais espertos do que os outros...

Arriscaria dizer que quem pensa assim, está de certeza habituado a relações mediocres.

Arriscaria, se não soubesse o que o medo pode fazer-nos. O medo é poderoso. Torna-nos tão mais fortes e tããããão mais espertos do que os outros...

Anónimo disse...

Linda Sofia :)

Não, não tenho do que me queixar :)

Já tive, mas depois aprendi a deixar-me de merdas. Chateia-te isso? Porquê? Não te preocupes que não se alastra, o mercado tá cheio de panhonhas, graças a Deus. :)

Posso dizer que se morresse agora teria dado esta vida por muito bem vivida. Nem todos podem dizer o mesmo. Eu nem sempre pude.

E a ti, Jaime? Qual é o teu método? Tem funcionado para ti? Keep it up, then, e já agora partilha connosco, ou és egoista? :)

OMWO

PS: Não é teoria, é prática. Experimenta.

Anónimo disse...

Jaime Jaime, look around, Omwo is right.

Quanto a mim, já passei pela fase panhonha em que rondava rondava mas nao apanhava nada. E nao entendia, achava que tinha direito. Elas eram tao minhas amigas.

Até que me aprecebi de como as mulheres funcionam. Por acaso. Certa noite, numa festa, por frustraçao comecei a comportar-me de maneira diferente. Fui um jerk nessa noite. Por coincidencia (not) foi o meu primeiro engate.

Fiquei muito aliviado. Passei a compreender como se joga o jogo.

O homem, quer procrear, com quantas mais melhor.

A mulher também quer procrear, mas só com os machos mais fortes.

Pensamos nós que somos racionais, mas em questões como o sexo, a evoluçao tem mais força que os neurónios.

Anónimo disse...

OMWO, eu percebo o seu ponto de vista. Obrigado por o ter explicado. Mas não concordo com ele.

Anónimo disse...

John doe, obrigado pelo testemunho. Conseguiste sexo sendo um jerk? E quanto a amor?

CA disse...

Mesmo para se viver um amoi idealizado é preciso ter em conta o que diz o OMWO. Podemos agir de modo diferente e com objectivos diferentes mas há partes de todos nós que funcionam como o OMWO diz e temos que ter isso em conta.

Anónimo disse...

Ninguém me faz um resumo do que se passa aqui? A única coisa que sei é que não há grandes regras.

E essencialmente há vários tipos de gajas: há de facto aquelas que, quanto mais para trás e mais bestas somos, mais nos adoram, mas há muitas que não.

Essencialmente, é encontrar o equilíbrio entre panhonha e besta.

Esta frase retrata a realidade, qto a mim: "Mas gostar, ou mesmo amar, não significa aturar-lhes as tretas e levá-las nas palminhas. Curiosamente, nem elas gostam disso." Há alturas em que até dos defeitos da nossa miúda temos saudade...

Anónimo disse...

Adoro estas discussões sobre o que atrai os homens nas senhoras. Embora seja assunto que me deixa um pouco desconfortável por evocar algumas más experiências.

Gosto de ouvir as opiniões [principalmente se concordarem com a minha! :-)]. No entanto, nunca podemos ter a certeza sobre a razão porque as pessoas opinam o que opinam.
1. Se nos dizem que elas gostam é de homens sensíveis e queridos que lhes prestem atenção e as tratem bem, não estarão apenas a dizer-nos o que é socialmente adequado?
2. E se nos dizem que elas gostam é de homens que as tratem mal e não lhes liguem, não estaremos a ouvir alguém desiludido que só não lhes chama "cabras!" porque tal revelava demasiado a amargura que sente?

E uma terceira hipótese, que parece sempre esquecida.

3. Como em tudo o resto, há senhoras com as mais variadas preferências. Umas devem gostar de homens sensíveis. Outras devem gostar de homens brutos. Dizer que as senhoras gostam todas deste ou daquele tipo de homens é como dizer que os homens só vivem para o sexo, futebol e cervejas. Alguns serão assim, mas há muitos outros tipos de homens.

Nós temos uma tendência para generalizar a partir da nossa experiência particular. Principalmente se essa experiência é negativa. Se uma mulher foi uma cabra connosco, então todas as mulheres são umas cabras. Generalização instantânea, é só juntar água e está pronta a servir. :-) Nem todas as senhoras são as que conhecemos na nossa vida, nem toda a realidade é a aquela que até agora nos envolveu. E também tendemos tanto a postular que a realidade corresponde à nossa opinião. Ninguém diz "eu penso que..." mas "é um facto que...". Olhem, em aponto isto, e no entanto neste mesmo comentário apresento opiniões pessoais como factos irrefutáveis!

OMWO, agora sou eu que estou com teorias. Mas, vá lá, dá-me um desconto: estou de férias e é a primeira vez desde há meses que tenho tempo de sobra para desperdiçar. :-)

CA disse...

Jaime

Esqueces uma 4a hipótese: cada mulher gosta de alguma sensibilidade num homem e gosta de ser bem tratada mas sente-se ao mesmo tempo atraída por um homem que revele sucesso (há muitos tipos de sucesso: pode ser o que ganha mais, o mais inteligente, o mais generoso, o que lidera o grupo ecologista ou de direitos humanos, etc.), que seja decidido e que seja capaz de a enfrentar quando isso é adequado, que seja fisicamente saudável, etc.

Cada mulher pode preferir mais peso de uma ou outra característica, mas um homem que seja apenas sensível e não apele também ao lado mais "animal" corre um sério risco de não ser atraente para a grande maioria das mulheres.

Anónimo disse...

E já que estamos só gajos aqui a comentar, digam lá se são todos como eu, se gostam de uma mulher de vos dê luta, que não diga que sim a tudo, que não seja muito submissa. Uma tipa com atitude portanto :)

(esta é para cair nas boas graças da sofia :P)

Anónimo disse...

O mesmo ao contrario tambem é verdade.

Quando uma mulher é panhonha na cama, é muito dificil que um homem "saudável" a ature.

Por muito querida que seja, e por muito que haja em comum, e por muito que se goste dela.

Se ela for panhonha na cama, a relaçao está condenada.

Isto aprendí â força, vendo-me forçado a acabar uma relaçao com uma mulher com quem me via a casar, mas que o meu instinto me forçou a rejeitar, de coraçao absolutamente quebrado.

Anónimo disse...

Parem, miúdos!

Não percebem? Se partem para as coisas com base em ideias idiotas e pré-fabricadas, nunca hão-de chegar muito longe. E quem perde são vocês.

Isso de "As mulheres" e "Os homens", não existe. Existem pessoas e existem interacções entre elas.

A mesma mulher (ou homem. é indiferente, para o caso) agirá e sentirá de formas diferentes em relações diferentes. Porque somos o que somos apenas em relação ao outro.

Outra coisa:
Quem considera que sexo sem amor (entenda-se, por amor, prazer emocional e não apenas físico) é tão bom como com, não faz ideia do que anda a perder.

Anónimo disse...

Sofia, depois de ver que partilho uma percentagem considerável das tuas ideias (acima dos 80% mas abaixo dos 94,78%), impõe-se da minha parte convidar-te para um café. Mas em pouca quantidade, por diz que aquilo da cafeína faz mal. Aqui tens: café. :-)

Anónimo disse...

Jaime, nada de usar os comentários deste blog para engates, então? :P

Anónimo disse...

Sofia,

>Quem considera que sexo sem amor >(entenda-se, por amor, prazer >emocional e não apenas físico) é tão >bom como com, não faz ideia do que >anda a perder.

Alguém disse "tão bom como com"? Eu não disse. Eu disse meramente que era MUITO bom na mesma! De onde provém esse tudo ou nada?

Porque é que quando eu digo "andar de montanha russa é bom" ninguém me vem dizer "ai, que estupido, andar de montanha russa é MESMO bom é com alguem que se AMA."

Estranho.

É estranho, até porque sinceramente, ter sexo sem amor com uma mulher atraente é bem melhor do que andar na porcaria da montanha russa, parece-me. Os cavalheiros vão negar? Tu preferias comer a Luba à bruta, Jaime, sabendo que ela não te ama, ou andar na montanha russa sozinho?

Então porque é que ninguém me chateia a cabeça face aos prazeres funestos e superficiais da montanha russa asentimental?

A unica diferença é que se eu fôr andar de montanha russa não estou de forma alguma a pôr em causa o poder competitivo do sexo oposto.
Enquanto que se fôr às putas, ou se comer a primeira gaja gira que me disser "sim" (e eu posso perguntar 100 vezes na mesma noite se quiser) se calhar no dia seguinte já tenho menos paciencia para aturar a teaser que é muito minha amiga, a linda, mas que, coitadinha, gosta é do drogado da esquina que conheceu na semana passada, não sabe bem porquê, ele bate-lhe, mas "há uma química". Mas ela sim, é saudável, porque ela fá-lo por AMOR.

Estou errado? Se estou errado explica-me onde falhei. Porque é que o sexo não pode ser *também* recreativo? Porque é que desvias a conversa para comparações que ninguém fez?

OMWO

PS: Já agora, um aparte, eu neste momento tenho *ambas* as coisas. Eu sei que sabe melhor assim. Mas às vezes não o tens, e eu não vejo porque não podes ter algo intermédio nesses momentos. Sexo com amor é melhor que sexo com mais nada. Sexo com mais nada não é melhor do que andar feito parvo atrás de uma gaja qualquer que não te liga nenhuma? Ou ficar a olhar para a parede até aparecer a princesa encantada?

Anónimo disse...

Jaime,

ninguém está a condenar o amor como conceito. Não sei quantas vezes terei que repetir isto. Mas nas mulheres, por regra, tu não chegas a esse nucleo antes de passares pelos campos de minas. É disso que estava a falar. Amor não é atracção, mas quase nunca vais chegar ao amor se não passares pela barreira da atracção. E essa é composta de labirintos e paranoias do mais doentio.

Em todas as mulheres?

As pessoas são todas diferentes, claro. E qualquer padrão subjacente estará escondido no meio desses factores todos. Mas isso é verdade de qualquer disciplina cientifica. Na biologia conseguimos elucidar as pathways do metabolismo no meio de milhoes de factores perturbadores que são tão complexos como as relações humanas - aliás, a um nivel fundamental, são eles os geradores dessas relações.

E porquê? 1) Porque é mais fácil isolar e experimentar, mas também porque 2) assumimos sempre que era boa ideia procurar esses padrões. Mas quando se fala desse sacrosanto amor temos uma reacção semelhante à do Vaticano face à ciencia - o melhor é não perguntar, hà perguntas que não devem ser feitas, até porque, ah, as pessoas são todas diferentes, e, ah, ha tantos factores, e, ah, seria insultuoso à individualidade humana.

Quando na verdade estes padrões não só existem como são muitissimo mais visiveis do que qualquer outro misterio da ciencia! No fundo só nao vê quem não quer.

As pessoas são todas diferentes, mas os padrões subjacentes existem, são válidos, são factores estatísticos fortes a ter em conta, e só quem no fundo está bem ciente do jogo é que não gosta que se fale dele.

Quando alguém te diz que um jogo que está mesmo à tua frente não existe é porque em geral tem interesse em que não o jogues bem.

OMWO

Anónimo disse...

Jaime: Depois vejo o link. Mas não aceito cafés. Sou muito homem, nessas coisas. :)

Hugo: Eu não sou engatável. Nada mesmo. :)

OMWO: Essa da montanha russa... eu dir-te-ia isso mesmo, sabes? Como qualquer coisa que envolva estados emocionais mais extremos (e menos, também), quer para o lado bom, quer para o menos bom, é sempre melhor quando partilhado. Pensarmos no outro faz-nos abstrair do nosso pequeno mundinho, às vezes tão pouco... colorido. Mas uma coisa é partilhar. Outra, completamente diferente, é procurar a primeira que disser "sim", para veres as cores que só tens quando ela te dá. Isso é triste, na minha opinião.

Eu não desviei conversa nenhuma. O teu discurso é que é tão... enfim, que achei por bem introduzir um pouco de bom senso na conversa.

Fora isso, faz o que quiseres, com quem quiseres, quantas vezes quiseres (se bem que, com essa argumentação tão acesa, deduzo que te cheguem as suficientes apenas). A vida é tua e, como disse antes, és tu que perdes. :)

Anónimo disse...

Bem, já que o Jaime está tão seguro de si, será que ele nos pode explicar como é que se fazem as coisas?

Anónimo disse...

OMWO, fico à espera do seu bestseller Os Padrões Subjacentes ao Amor, onde explica, neurónio a neurónio, molécula a molécula, a psicofisiologia do amor e do sexo. Vai atirar com Os Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade de Freud para o esquecimento. Onde Freud falhou (é célebre o seu «Nunca fui capaz de responder à grande pergunta: o que uma mulher quer?»), OMWO têm êxito. Se um dia descobrir também como é que posso fazer uma menina querida, fofinha e adorável como a Mademoiselle Tautou apaixonar-se por mim, rogo-lhe que me escreva a receita em todo o detalhe. Tipo "receita do amor para totós". :-)

Mais a sério - mas só um pouco mais a sério! -, uma coisa é dizer que o segredo é ser um jerk com as senhoras (já acho isso pouco credível), outra é dizer que consegue ver os "padrões subjacentes" ao amor e ao sexo (isso já roça o ridículo). Penso que até é um pouco de fanfarrice, não do género comum "eu papei aquelas gajas todas!" mas do novo género "eu compreendi a ciência subjacente a papar aquelas gajas todas!" Só tenho a lamentar eu não ter tido essa ideia antes de si!

Mendigo, «como é que se fazem as coisas?» As coisas não se fazem. As coisas acontecem. E se não acontecerem, é só dar mais tempo. É esta a minha filosofia em assuntos tão diversos como, por exemplo, lavar a louça suja (com o tempo ela há-de se lavar sozinha) ou conquistar a Mademoiselle Tautou (com o tempo ela há-de perceber que eu sou o homem ideal para ela - apesar de nem saber que existo). Isto não é um jogo de futebol onde antes de entrarmos em campo delineamos a táctica, estratégia, método e plano. Nem sequer no futebol isso funciona. É esta a minha teoria. E estou absolutamente convencido que ela está certa e todas as vossas teorias estão erradas. Assim como vocês estão todos absolutamente convencidos de que as vossas teorias estão certas e a minha está errada. Em matéria de mulheres, somos todos doutores! Mas claro que eu sou mais doutor do que vocês! É que eu fiz o meu doutoramento em Havard, não num reles instituto politécnico à saída de Lisboa. (De tal modo que nem sequer escrevi "Harvard" bem.) :-) (Apaguei o meu comentário antes do teu, ao qual tu se calhar te referias quando fizeste o teu.)

Orlando disse...

Jaime,
as teorias testam-se na prática. Umas funcionam, outras não.

Anónimo disse...

Claro, on. E todos os homens juram a pés juntos que a sua teoria passou com distinção o teste, e que para o provar têm uma caixa de 100 preservativos vazia. :-)

Orlando disse...

Todos não. E pode haver pessoas insuspeitas que testemunhem por outras. Isto resolvia-se com um almoço com o o Hugo e o OMWO mas era uma chatice porque depois a Sofia também queria ir.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

- OMWO e o John Doe defendem que as mulheres querem homens que não as tratem nas palminhas das mãos, já que os que os fazem - os ditos "panhonhas" - apenas recebem amizade. O CA concorda parcialmente com isto.
- O Hugo acha que não existe tal regra - em geral, nem existem regras. A Sofia acha também acha que não existem regras e acrescenta que devemos ter todos juízo. O Jaime segue a mesma linha, mas a certa altura começa a "delirar" - coisa que lhe é típica.
- O Mendigo e o on parecem discordar do Jaime, mas não disseram com o que é que concordam.

Em resumo, só temos duas teorias: (i) a do OMWO e do John Doe e (ii) a contra-teoria da Sofia, Hugo e Jaime. Eu queria escrever um post sobre teorias dos homens acerca das senhoras, mas com tão poucas teorias não me oriento...

PS. Sugestão para uma piada fácil: digam que também não me oriento com as senhoras. :-)

CA disse...

Jaime

Poderias definir o que é "tratar nas palminhas das mãos" as mulheres? Significa ser educado? Fazer-lhes todas as vontades? Concordar sempre com elas?

Anónimo disse...

ca, a expressão é do OMWO (na verdade, ele escreveu «levá-las nas palminhas» e não «tratar nas palminhas das mãos»). Acho que deve ser ele a definir.

Eu interpretei-a como significando ser simpático, querido, disponível, dar-lhes mimos, ter interesse nos sentimentos delas, preocupar com elas e mostrar afecto.

CA disse...

Dada a definição, penso que não ficou claro o que eu queria dizer: tratar nas palminhas é bom mas insuficiente.

E os outros aspectos podem ser suficientes para que uma mulher aceite ser menos bem tratada.

Não recomendo que se trate mal as mulheres. Apenas sugiro que não se deve pensar é que é só isso que elas querem.

Quanto às "regras", como já disse o OMWO, o amor e a atracção entre um homem e uma mulher é mais um fenómeno natural que se presta a um tratamento científico e que tem sido objecto desse tratamento científico.

Para se perceber até onde já vai a investigação, sugiro:
http://www.ima.umn.edu/public-lecture/2004-05/murray/
A palestra está disponível seguindo o link Talks(A/V).

CA disse...

E há muitos estudos feitos sobre o que é que num sexo atrai o outro.

Um livro interessante é "Anatomia do Desejo", de Simon Andreae, da Campo das Letras.

Anónimo disse...

«Dada a definição, penso que não ficou claro o que eu queria dizer: tratar nas palminhas é bom mas insuficiente.»
De acordo. Embora haja quem pense o contrário (o OMWO defende que ser um jerk resulta - embora ele se refira a engates e não a amor.)

«E os outros aspectos podem ser suficientes para que uma mulher aceite ser menos bem tratada.»
Sim. Diria que algumas mulheres aceitariam estar com o Brad Pitt mesmo que fossem menos bem tratadas. [Quantas vezes eu não ouço «Ai, Jaime, se não fosses tão extremamente sexy já te tinha deixado!» :-)]

«Quanto às "regras", como já disse o OMWO, o amor e a atracção entre um homem e uma mulher é mais um fenómeno natural que se presta a um tratamento científico e que tem sido objecto desse tratamento científico.»
Pois, a psicologia. Mas isso não é grande descoberta. O que é grande descoberta é o OMWO ter compreendido os "padrões subjacentes" ao amor e ao sexo - supondo que eles existem e que ele o fez, claro.

Orlando disse...

Um case study interessante é este post da Isabela:
Os homens de que elas gostam.

Como diz o mestre, tem que se ler o post com o som em off. Ela não sabe lá muito bem o que está a dizer, mas não deixa de ser interessante.

http://omundoperfeito.blogspot.com/2007/12/os-homens-de-que-elas-gostam.html

Anónimo disse...

«o mestre»! :-)

O post da Isabela é muito giro. Uma descrição caricaturada por meio de estereótipos. Lembrou-me a caricatura/estereótipo do cientista maluco, velhinho de bigode branco e cabelo espetado em pé, a lembrar o Einstein na idade mais avançada. Obrigado pelo link. :-)

Orlando disse...

Não resisto a copiar a parte final do post da Isabela:

"Enquanto descrevo as outras faço os possíveis por ignorar a quantidade de homens bons que se fascinaram por mim ao longo dos tempos, e que me teriam amado de forma realista e boa, os quais desdenhei só porque, e juro que me custa dizer isto!, eram bons, e sinceros, e decentes."

Eu chamava-lhes os Jaimes!

Parece que afinal há umas mulheres a concordar com o OMWO:)

Orlando disse...

O Lutz faz um comentário ao post: agora já não vais enganar mais os Jaimes. Quando eles lerem isso, vão mudar de estratégia. A Isabela dá a resposta correcta: O Lutz não conhece bem a natureza humana. Os Jaimes vão ler; Ela era assim, mas agora mudou. Ela até pode acreditar nisso. Mas não muda. É como naquela história do escorpião.

Anónimo disse...

Obrigado pelo elogio, on. :-)

Anónimo disse...

>«levá-las nas palminhas» e >não «tratar nas palminhas das >mãos»). Acho que deve ser ele a >definir.

Significa fazer de conta que as meninas nunca estão erradas, mesmo quando sabemos que estão. Significa tratá-las com uma condescêndencia desmedida. Significa fazê-las saber que nos podem pisar, que podem ser injustas, que podem dizer disparates, e que vamos sempre perdoar tudo, *mesmo* quando elas não merecem, e tratá-las como se nos estivessem a tratar bem. Significa não estar pronto a virar costas em vez de virar a outra face. As mulheres não respeitam um homem que não tem força para viver sem elas. Especialmente se as amar.

>Eu interpretei-a como >significando ser simpático, >querido, disponível, dar-lhes >mimos, ter interesse nos >sentimentos delas, preocupar com >elas e mostrar afecto.

Interpretaste mal. Ou então, interpretaste bem, se completares essa lista toda com isto: "...quando elas não te fazem o mesmo"

Não advoguei ser um jerk, embora, sim, isso funcione num engate. Advoguei...get this: Ser um Homem, e ser honesto. O panhonha não é honesto nem se porta como um homem. O panhonha faz essas coisas todas a mulheres que não o mereceram, que não o tratam da mesma forma. Porquê? Porque é tããão bom rapaz? Tretas. Não o faria a um amigo, então porque o faz a uma mulher? Está a tentar comprá-la com esse servilismo. Ela sabe que não o mereceu, e por isso classifica-o como aquilo que é: não um afecto merecido, mas uma tentativa de a comprar. E por isso responde exactamente como a quem lhe paga uma bebida: bebe-a, usa-o, e depois cospe-o. Porque mostrou fraqueza, e tentou comprá-la com algo que ainda por cima ela pode obter de muito mais gente, porque o que não falta é quem use essa estratégia. Sim, essa estratégia. É o que é. Simplesmente é a mais básica, é a quem vem por defeito. E também por isso é má. É giro que as pessoas esperem que o amor funcione "naturalmente". Em qualquer outra actividade humana tal passividade seria chamada de preguiça.

Olha, esquece se é eficaz ou não como estratégia - um homem deve portar-se como um homem, náo porque isso resulta, mas por uma questão de amor próprio. Se não te respeitas, se te mostras servil, como esperas que elas te respeitem? Eu costumava pensar que as mulheres que amamos a sério merecem uma excepção. Finalmente percebi que as mulheres que amamos a sério merecem precisamente não ser tratadas como uma excepção.

>As coisas não se fazem. As coisas >acontecem. E se não acontecerem, >é só dar mais tempo.

É assim que procuras um emprego, também? É assim que fazes uma licenciatura? Advogarias isso para qualquer outra actividade? (tirando as piadas que deste como exemplo). Ao fim de tempo suficiente o jogo simplesmente acaba, a nao ser que queiras engatar a morte.

>outra é dizer que consegue ver >os "padrões subjacentes" ao amor >e ao sexo (isso já roça o >ridículo).

É muito ridiculo, de facto. Um tipo diz-te que ha padrões, que se nota que eles existem, e tu inventas que te dissemos que tinhamos resolvido o problema todo. Fantástico.

O que tem de bombástica a afirmação? A sua negação é: "Não há padrões". Essa é a que tu advogas? É portanto o amor a unica coisa neste mundo totalmente random. Deviamos usá-lo para gerar números aleatórios. Vejo aí uma tese à espera de ser escrita. Qual mecanica quantica qual quê, o amor é que é o puro jogar de dados.

Que há padrôes subjacentes ao aparente caos é evidente. E alguns deles observam-se bem, sim. Não estou a dizer que sou especial, Jaime, não é fanfarronice. Muita gente os vê, melhor do que eu. És tu que és especial, por não os quereres ver. :)

Ainda quanto à fanfarronice e afins, por favor não ponham palavras na minha boca:

Jaime, eu não disse que tinha uma grande batting average: First, I don't kiss and tell. Segundo, eu nunca fui muito de engates. Até fui mais de paixões desmedidas, daquelas que causam danos. Tive sorte, também me deram coisas muito boas. Repito, podia morrer agora com a sensação de ter tido uma vida intensa. E não por causa de engates, mas por causa de três ou quatro relações muito fortes. Mas isso não me impede de ver as coisas como elas são. E não me impediu de testar algumas "teorias" no terreno. E não me impediu de perceber que nunca teria tido essas relações especiais se primeiro não tivesse vencido a barreira do "engate" inicial. E mais, se reparei em algumas coisas até foi porque tenho muitas amigas, amigas a sério, que me deixaram ver por dentro o seu território. E garanto-te que *elas*, as mulheres, jogam. Quase todas. Quase sempre. E as mais honestas são as que o admitem. Mas não o admitem a todos. Nunca aos panhonhas. Desses elas alimentam-se, enquanto caçam os outros.

Finalmente, Sofia, repetes a mesma estratégia, não respondes ao que eu disse mas inventas coisas para responder. E já te disse: Eu sei o que *estaria* a perder. Eu tenho uma relação estável neste momento, não ando em engates. Estou correntemente fora dessas lides. De novo, isso não me impede de pensar e de ver as coisas como elas são. Nem de ver o que deveria fazer se não estivesse na minha situação corrente.

OMWO

Orlando disse...

"E as mais honestas são as que o admitem. Mas não o admitem a todos. Nunca aos panhonhas."

E nunca em público.
A Sofia tem desculpas.

Anónimo disse...

Tem todas. E pelo mesmo motivo eu acho que nós também nos devíamos calar e deixar cada um tratar de si. Honestamente, temos algo a ganhar em tirar os "bons rapazes" de circulação?

Eu por mim já me calei. tudo isto foi um deslize. Estamos sempre a aprender.

OMWO

Anónimo disse...

Muita conversa vai para aqui.

É simples: bom ou mau, lavado ou sujo, nalgum momento um homem fez rir uma mulher e ela apaixonou-se por ele...

Orlando disse...

Olá MaDi,
és mesmo tu?

Era tão bom que as coisas fossem assim tão simples...

Sofia disse...

Então É bom, ON.
A Madi tem razão.

Sofia disse...

Já nem me lembrava disto

http://blogseve.blogs.sapo.pt/11628.html

São os sorrisos, ON. Os sorrisos e os risos. :)

Anónimo disse...

Oi,on!
Sou eu sim.
Ainda passeio pelos blogs...