O nosso caro ON deve ter comprado um livrinho de citações do Oscar Wilde. :-)
Acho que há outras maneiras de nos livrarmos de uma tentação que não passem por ceder a ela. Por exemplo, eu tinha a tentação de comer uma fruta. Entretanto almocei, passou-me a fome e com ela a tentação de comer a fruta. Livrei-me da tentação sem ter cedido a ela.
Estas citações do Oscar Wilde parecem-me frases que soam bem mas, quando analisadas, não são muito verdadeiras.
Caro ON, para quando um post mais pessoal e menos cerebral? Podia contar uma história com piada que lhe tenha acontecido, um retalho do seu dia, etc.. Claro que o blogue é seu!
Nas montanhas, o caminho mais curto é de pico em pico. Para isso, temos de ter pernas longas. Os aforismos são picos de montanhas. Só os entende quem tem pernas grandes e altas.
Se nos aplicamos em esgravatar, arranjamos sempre um contra-argumento para qualquer tese pronunciada ousadamente acerca do mundo real (a linguagem comum não permite a elaboração de teoremas e demonstrações).
Se cedermos a essa tentação limitamo-nos a lugares comuns enfadonhos e tímidos e com tantas ressalvas que a tese perde-se totalmente. Acho que foi o Hardy que disse (no Mathematician's Apology):
"Apresentarei a minha tese de forma dogmática, não porque acredite nela de forma dogmática, mas porque essa é a melhor forma de apresentar uma tese"
E se não o fizermos assim, jamais seremos the life of the party :): ficamos de fora a cruzar os t's e a pôr os pontinos nos i's enquanto averybody else is watching the strippers :)
«Os quadrados são redondos». Caso alguém discorde, a resposta é «este aforismo resistiu a décadas de homens que não o entenderam». Mas passemos adiante, já lá vão os tempos em que perdia tempo a discutir coisas destas.
OMWO, percebo o que diz, mas não leve a mal que eu passe à frente. É uma hora da manhã e já lá vão os tempos em que eu discutiria até à exaustão o assunto. :-)
15 comentários:
O nosso caro ON deve ter comprado um livrinho de citações do Oscar Wilde. :-)
Acho que há outras maneiras de nos livrarmos de uma tentação que não passem por ceder a ela. Por exemplo, eu tinha a tentação de comer uma fruta. Entretanto almocei, passou-me a fome e com ela a tentação de comer a fruta. Livrei-me da tentação sem ter cedido a ela.
Estas citações do Oscar Wilde parecem-me frases que soam bem mas, quando analisadas, não são muito verdadeiras.
Caro ON, para quando um post mais pessoal e menos cerebral? Podia contar uma história com piada que lhe tenha acontecido, um retalho do seu dia, etc.. Claro que o blogue é seu!
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
LOL (literally)
Jovem,
saberá por acaso o que é uma Tentação?
Não tem nada a ver com peças de fruta.
Talvez a Sofia lhe possa explicar...
Nas montanhas, o caminho mais curto é de pico em pico. Para isso, temos de ter pernas longas. Os aforismos são picos de montanhas. Só os entende quem tem pernas grandes e altas.
Jaime,
Os aforismos de Wilde e Nietzsche sobrevivem década após década todos os homens que não os entenderam.
Faça exercício, para ver se as suas pernas se fortalecem!
Em sentido metafórico, claro:)
Jaime:
Se nos aplicamos em esgravatar, arranjamos sempre um contra-argumento para qualquer tese pronunciada ousadamente acerca do mundo real (a linguagem comum não permite a elaboração de teoremas e demonstrações).
Se cedermos a essa tentação limitamo-nos a lugares comuns enfadonhos e tímidos e com tantas ressalvas que a tese perde-se totalmente. Acho que foi o Hardy que disse (no Mathematician's Apology):
"Apresentarei a minha tese de forma dogmática, não porque acredite nela de forma dogmática, mas porque essa é a melhor forma de apresentar uma tese"
E se não o fizermos assim, jamais seremos the life of the party :):
ficamos de fora a cruzar os t's e a pôr os pontinos nos i's enquanto averybody else is watching the strippers :)
«Os quadrados são redondos». Caso alguém discorde, a resposta é «este aforismo resistiu a décadas de homens que não o entenderam». Mas passemos adiante, já lá vão os tempos em que perdia tempo a discutir coisas destas.
Ena tantos erros ortograficos. Mas só reparou neles quem não estava atento às strippers (eu estava, daí os deslizes), por isso:
shut up! :)
Não, não...pode-se atacar um aforismo, só que a regra é que o ataque tem que se ser ainda mais espirituoso do que o original.
Axioma (e aforismo):
O critério de verdade de um aforismo é o seu valor lúdico.
Além disso o Wilde não escreve aforismos, escreve non-sequiturs. Uma definição ludica de non-sequitur que sai como corolário do meu aforismo é:
Non-Sequitur: Um aforismo cujo valor lúdico não pode ser ultrapassado por qualquer das objecções possiveis ao mesmo.
Daí que os aforismos do Wilde correspodam à definição, porque nesse aspecto he had no match. (as in "game, set and...")
OMWO, percebo o que diz, mas não leve a mal que eu passe à frente. É uma hora da manhã e já lá vão os tempos em que eu discutiria até à exaustão o assunto. :-)
LOL outra vez.
***
(esta parte, apaguei. não consegui livrar-me da tentação, portanto.)
Jaime:
Isso é bom, eu também não pretendia discutir coisa nenhuma. O meu comentário pretendia ser ele próprio desprovido de...humm...
...sequitur?(sic) :D
pérolas...
OMWO WILD, agora...
Cada vez melhor. :)
A ausênia do "E" em WILD é propositada. Eu não estava a olhar para as strippers.
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