É o título de um famoso artigo de Bernard Lewis, o maior especialista mundial do Islão. Já falei dele nos comentários a este post. Temos certamente algo a aprender com ele.
O Islão surgiu no século sétimo. Durante o primeiro milénio da sua existência o seu único recuo importante foi a perda da Península Ibérica, largamente compensada pela sua expansão a oriente. A queda do Califado de Córdova continua tão viva na memória muçulmana porque eles não estavam habituados a perder. Em 1683 os Turcos cercaram Viena pela segunda vez. A queda de Viena podia ter mudado o curso da história. Viena resistiu. A partir daí a Revolução Industrial desequilibrou os pratos da balança.
O mundo muçulmano tem estado dividido ao longo dos últimos três séculos entre duas atitudes opostas, emular o Ocidente e tentar destruí-lo.
A Turquia foi refundada por Ataturk na base da separação da igreja e do estado, um conceito estranho ao Islão. A possibilidade desta separação é uma das características fundamentais que distingue o Cristianismo das outras religiões. O próprio Irão possui uma constituição e uma organização política com muitos elementos copiados do Ocidente.
Por outro lado os países muçulmanos apoiaram sistematicamente todos os movimentos que se opuseram à corrente principal da civilização cristã, como foi o caso do nazismo e o comunismo pró-soviético. Não existiam à partida quaisquer razões objectivas que aproximassem os muçulmanos destes ismos. Para além do habitual raciocínio o inimigo do meu inimigo...
Embora o império russo sempre tenha subjugado com mão de ferro dezenas de milhões de muçulmanos, os conflitos do Islão com a URSS foram sempre pontuais, como foi o caso do Afeganistão. Nunca ouvi um árabe falar sobre a situação da Chechenia.
O estado de Israel tem sido o catalisador da raiva muçulmana contra os Estados Unidos e o Ocidente em geral. Convém notar que quando da sua fundação o estado de Israel sobreviveu graças a armas provenientes do bloco soviético. Em 56 forma os americanos que forçaram os israelitas a abandonar o Egipto. A actuação recente das forças ocidentais na Jugoslávia em defesa dos muçulmanos não contribuiu minimamente para apaziguar a ira muçulmana.
Donde provém essa raiva? Não parece razoável atribuí-la a razões políticas. A verdade é que a nossa civilização consumista, com tanta carne à mostra, está a corroer os valores tradicionais da civilização muçulmana. É plausível pensar que a única forma de garantir a sobrevivência da sociedade muçulmana tal qual ela existe agora seria destruir a nossa civilização. A estratégia proposta pelo OMWO é afinal a razão pela qual nós estamos a ser atacados pelo terrorismo!
As palavras do meu amigo Mehmet fazem mais sentido à luz do parágrafo anterior. Dizia ele:
Vocês querem que a Turquia entre para a CE para destruir a nossa cultura. Disse-lhe que não me parecia que isso fosse verdade. Para além do mais, eu não queria que a Turquia entrasse na Comunidade Europeia. Vocês não tem o direito de recusar a nossa entrada! Perguntei-lhe se afinal ele queria entrar e porquê. Porque em compensação vamos destruir a vossa.
Embora o império russo sempre tenha subjugado com mão de ferro dezenas de milhões de muçulmanos, os conflitos do Islão com a URSS foram sempre pontuais, como foi o caso do Afeganistão. Nunca ouvi um árabe falar sobre a situação da Chechenia.
O estado de Israel tem sido o catalisador da raiva muçulmana contra os Estados Unidos e o Ocidente em geral. Convém notar que quando da sua fundação o estado de Israel sobreviveu graças a armas provenientes do bloco soviético. Em 56 forma os americanos que forçaram os israelitas a abandonar o Egipto. A actuação recente das forças ocidentais na Jugoslávia em defesa dos muçulmanos não contribuiu minimamente para apaziguar a ira muçulmana.
Donde provém essa raiva? Não parece razoável atribuí-la a razões políticas. A verdade é que a nossa civilização consumista, com tanta carne à mostra, está a corroer os valores tradicionais da civilização muçulmana. É plausível pensar que a única forma de garantir a sobrevivência da sociedade muçulmana tal qual ela existe agora seria destruir a nossa civilização. A estratégia proposta pelo OMWO é afinal a razão pela qual nós estamos a ser atacados pelo terrorismo!
As palavras do meu amigo Mehmet fazem mais sentido à luz do parágrafo anterior. Dizia ele:
Vocês querem que a Turquia entre para a CE para destruir a nossa cultura. Disse-lhe que não me parecia que isso fosse verdade. Para além do mais, eu não queria que a Turquia entrasse na Comunidade Europeia. Vocês não tem o direito de recusar a nossa entrada! Perguntei-lhe se afinal ele queria entrar e porquê. Porque em compensação vamos destruir a vossa.
Destruir a nossa cultura é a única forma de garantir o imobilismo da sociedade muçulmana.
OMWO, o terrorismo é uma ameaça importante. Não se deve subestimar o adversário. Vamos logo para a bomba atómica. Aqui fica a Luba.
A senhora Peter Hegre, fotografada pelo marido.
OMWO, o terrorismo é uma ameaça importante. Não se deve subestimar o adversário. Vamos logo para a bomba atómica. Aqui fica a Luba.
A senhora Peter Hegre, fotografada pelo marido.