sexta-feira, março 25

Segmentação de mercado

E continuam a morrer polícias...
Qual a solução para resolver o problema: mais dinheiro?
Acontece que existem meia dúzia de zonas problemáticas no país. Tudo o que temos de fazer é identificar essas zonas e dar-lhes um estatuto especial. Os polícias que trabalharem nessas zonas devem ter um subsidio de risco substancialmente maior, estar bem equipados e bem treinados. Serão escolhidos entre os voluntários mais capazes. Se se arranja voluntários para o Iraque não será difícil arranjar voluntários para a Amadora. Os custos de melhorar as condições de trabalho nestas zonas são infinitesimais, se comparados com os gastos totais da PSP. Não podemos é continuar a enviar para as zonas de perigo os agentes que não conseguem arranjar colocação noutro lado como se fossem carne para canhão.

14 comentários:

Anónimo disse...

Será que o problema é só policial?

Orlando disse...

Obviamente que não. Estou a fazer uma sugestão sobre a parte do problema que tem a ver com a polícia. Aqui parece-me fácil fazer progressos. Se tentamos resolver todos os aspectos do problema ao mesmo tempo acabamos por não resolver nada.

Anónimo disse...

Para além do mais as soluções sociais funcionam a longo prazo. Vamos deixar as coisas como estão por cinco/dez anos?

Anónimo disse...

Ena!

Sugeriste uma solução pratica para um

problema - social - que - tem - que - ser - resolvido - a - longo - prazo - por - uma - politica -mais- justa - e -integradora - das - classes -descontentes - e - marginalizadas.

Estas louco? Queres ser crucificado ? :)

A.

Anónimo disse...

Não creio que as soluções sociais precisem sequer de médio prazo para começarem a dar efeito. Naturalmente é mais fácil destruir do que construir, e os três anos de desinvestimento social estão já a dar os seus frutos. Mas a polícia só trata os sintomas da doença: não tratar do resto é continuar a alimentar o problema. A própria abordagem da polícia tem que ter uma visão alargada do problema e não ser apenas securitária.

Anónimo disse...

Suponho portanto que ca acha que se deve continuar a enviar para os os sitios mais dificeis os policias com piores classificacoes. Enviar os policias mais bem preparados e proporcionar-lhes e destruir?

Anónimo disse...

Nao percebo porque e que nao se pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Melhorar a actuacao da policia e tratar das causa sociais.

Anónimo disse...

Quando apontam a pistola a um policia como e que ele tem em conta as causas sociais?

Anónimo disse...

Não percebo a conclusão de jj. Parece-me que para levar em conta as causas sociais precisamos de polícias especialmente bem preparados. O polícia precisa de ter em conta as causas sociais quando actua numa posição de força: quando faz uma rusga, quando detém um indivíduo, etc. Para as situações complicadas deve ter um treino profissional e o material adequado.

Orlando disse...

Caro ca,

estive a reler o que escrevi e acho que detetei o problema. A frase

Tudo o que temos de fazer...

nao saiu la muito bem. Quando a escrevi estava a falar em oposição aquela que me parece ser a reinvindicação dos polícias: coletes à prova de bala para toda a gente. Os polícias pedem isso porque me parece que existe na polícia uma cultura de gestão errada (entre outras culturas erradas). As regras tem de ser iguais para todas as esquadras. Falta o conceito de segmentação de mercado.

Anónimo disse...

No meio de todos estes comentários, para mim o teu post original é o que expressa uma posição mais razoável.

Anónimo disse...

Eu nao disse que isto ia dar bronca ?

Já é o teu post com mais comentarios. Sempre me saiste um optimo fomentador de motins :)

Eu concordo com o leitor designado por "ca". Acho tambem que em caso de tiroteio, na medida em que nao é preciso sequer esperarmos pelo médio prazo para ver os frutos das medidas sociais, deviamos substituir os policias opressivos pelos negociadores desarmados. Proponho a formação de uma brigada negocial de intervenção rápida, e proponho o "ca" como "voluntario" para o lugar :)

Eu "cá" prefiro ficar por detras da brigada anti-motim, mas que sei eu, nao passo de um velhote entorpecido por uma cultura retrograda e deformante.

A.

PS: Em referencia ao teu post da teoria da decisão, que tal usar a t.d. para avaliar o valor implicito que se está a atribuir
à vida de um policia ao negar-lhe o equipamento de que necessita?
Eu sei que não se trata de uma criança (essa espécie protegida), e nem sequer de um Ser Humano (e, que raio, quem é que nunca teve vontade de dar um tirito num policia quando nos passam uma multa) mas mesmo assim....:)

Anónimo disse...

Não será possível que o valor atribuído por essa tal teoria da decisão à vida do polícia seja negativo?

Anónimo disse...

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