Um ministro da educação decidiu pedir um parecer sobre a substituição do amianto nas escolas primárias construídas numa certa época. O estudo analisou o preço da remoção do amianto e os riscos para a vida das crianças. Introduziu também aquele que considerou ser um preço razoável para a vida de uma criança e tirou daí conclusões.
Não sabiam os assessores do ministro que uma vida humana não tem preço? Parece ser um exercício gratuito de mesquinhez atribuir um valor em euros à vida de uma criança. Acontece porém que os recursos são escassos. Pode-se sempre fazer algo mais para evitar que se percam vidas humanas. Até onde é que vamos gastar? Como é que se compara a efectividade de duas medidas que possam ajudar a salvar vidas?
Todos os dias tomamos decisões que envolvem riscos para as nossas vidas. Quando compramos um automovel podemos comprar um motor com mais vinte cavalos de potência ou comprar mais um air-bag. Quando viajamos de avião escolhemos um bilhete mais barato num voo charter, onde a manutenção é um pouco mais espaçada, ou um bilhete mais caro numa companhia tradicional. Quando fazemos uma ultrapassagem para não perder o princípio do filme arriscamos a nossa vida. Estas decisões podem ser analisadas por métodos de econometria. Obtem-se assim um número que corresponde ao valor que implicitamente atribuímos às nossas vidas. Alguns de nós ficaríam admirados com o valor obtido. Se não aceitarmos este tipo de quantificação é impossível discutir racionalmente uma série de questões que serão decididas exclusivamente por critérios políticos.
Voltando à minha história (verídica). Os acessores concluíram que se devia realmente retirar o amianto das escolas. O ministro ficou ultrajado com a atribuição de um valor monetária à vida de uma criança. O parecer foi arquivado. O amianto ficou onde estava.
Não sabiam os assessores do ministro que uma vida humana não tem preço? Parece ser um exercício gratuito de mesquinhez atribuir um valor em euros à vida de uma criança. Acontece porém que os recursos são escassos. Pode-se sempre fazer algo mais para evitar que se percam vidas humanas. Até onde é que vamos gastar? Como é que se compara a efectividade de duas medidas que possam ajudar a salvar vidas?
Todos os dias tomamos decisões que envolvem riscos para as nossas vidas. Quando compramos um automovel podemos comprar um motor com mais vinte cavalos de potência ou comprar mais um air-bag. Quando viajamos de avião escolhemos um bilhete mais barato num voo charter, onde a manutenção é um pouco mais espaçada, ou um bilhete mais caro numa companhia tradicional. Quando fazemos uma ultrapassagem para não perder o princípio do filme arriscamos a nossa vida. Estas decisões podem ser analisadas por métodos de econometria. Obtem-se assim um número que corresponde ao valor que implicitamente atribuímos às nossas vidas. Alguns de nós ficaríam admirados com o valor obtido. Se não aceitarmos este tipo de quantificação é impossível discutir racionalmente uma série de questões que serão decididas exclusivamente por critérios políticos.
Voltando à minha história (verídica). Os acessores concluíram que se devia realmente retirar o amianto das escolas. O ministro ficou ultrajado com a atribuição de um valor monetária à vida de uma criança. O parecer foi arquivado. O amianto ficou onde estava.
2 comentários:
Faz muito lembrar o caso do Ford Pinto...
A diferença é que aí a Ford calculava a indemnização que teria que pagar por cada vida ou por cada estropiado.
São os lamentáveis sinais exteriores de managerialismo.
É um pouco diferente. No caso do Ford Pinto uma empresa tenta maximizar o seu lucro reduzindo a vida humana a números. Neste caso a socideade tenta utilizar o melhor possível os seus recursos. Se não quantificarmos ficamos na mão dos demagogos.
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