O Dr. Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos exprimiu ontem a sua raiva perante o facto de quatro camaras municipais portuguesas terem estabelecido protocolos com o governo cubano no sentido de enviarem a Cuba os seus municipes com cataratas e outros problemas oftalmologicos. Acusa as camaras de eleitoralismo. Até se esquece que está a tentar ser juiz em causa propria.
A globalização é um fenomeno inevitavel ao qual nos temos de resignar quando fecha uma fabrica de texteis no vale do Ave. Quando belisca os previlégios da classe dominante, já é outra história. Actualmente um americano pode ir à India fazer uma operação ao coração num hospital de luxo, com equipamentos da última geração, operado por médicos conceituados, passar a convalescença num resort cinco estrelas junto às aguas quentes do oceano Indico, fazer a viagem de ida e volta em primeira classe e mesmo assim gastar metade do dinheiro que teria de pagar só pela operação nos Estados Unidos. Por causa dos seguros contra problemas judiciais e por causa dos preços inflacionados a que a saude é vendida nos EUA. As portuguesas já descobriram que com o euro cada vez mais forte, os aviões cada vez mais baratos e os médicos cada vez mais caros, vale mesmo a pena ir passar uma férias ao Brasil e voltar de lá a fazer inveja às amigas. Com os empréstimos loucos que a banca faz(ia), nem foram só as ricas que o fizeram.
Quem necessitar de um tratamento dentário mais sério, colocar uma protese num joelho ou na anca, ou quiser fazer um check up completo, talvez valha a pena considerar a hipótese de o ir fazer à Argentina, à Costa Rica, à Malásia ou à África do Sul. O turismo médico é uma industria em explosão. Cuba atrai vinte mil turistas da saúde por ano. Não são todos enviados pela Camara Municipal de Vila Real de Santo António.
O estrangulamento das entradas nos cursos de medicina tornou o próprio governo refém da classe médica. As reformas antecipadas de medicos e/ou a sua passagem para o sector privado colocam em risco o funcionamento do serviço nacional de saude tal como o conhecemos. Não é muito bom, mas pode vir a tornar-se bem pior. Alguma coisa tem de ser feita. Quatro camaras municipais romperam o monopólio do Dr. Nunes. Que outras lhes sigam o exemplo.
A globalização é um fenomeno inevitavel ao qual nos temos de resignar quando fecha uma fabrica de texteis no vale do Ave. Quando belisca os previlégios da classe dominante, já é outra história. Actualmente um americano pode ir à India fazer uma operação ao coração num hospital de luxo, com equipamentos da última geração, operado por médicos conceituados, passar a convalescença num resort cinco estrelas junto às aguas quentes do oceano Indico, fazer a viagem de ida e volta em primeira classe e mesmo assim gastar metade do dinheiro que teria de pagar só pela operação nos Estados Unidos. Por causa dos seguros contra problemas judiciais e por causa dos preços inflacionados a que a saude é vendida nos EUA. As portuguesas já descobriram que com o euro cada vez mais forte, os aviões cada vez mais baratos e os médicos cada vez mais caros, vale mesmo a pena ir passar uma férias ao Brasil e voltar de lá a fazer inveja às amigas. Com os empréstimos loucos que a banca faz(ia), nem foram só as ricas que o fizeram.
Quem necessitar de um tratamento dentário mais sério, colocar uma protese num joelho ou na anca, ou quiser fazer um check up completo, talvez valha a pena considerar a hipótese de o ir fazer à Argentina, à Costa Rica, à Malásia ou à África do Sul. O turismo médico é uma industria em explosão. Cuba atrai vinte mil turistas da saúde por ano. Não são todos enviados pela Camara Municipal de Vila Real de Santo António.
O estrangulamento das entradas nos cursos de medicina tornou o próprio governo refém da classe médica. As reformas antecipadas de medicos e/ou a sua passagem para o sector privado colocam em risco o funcionamento do serviço nacional de saude tal como o conhecemos. Não é muito bom, mas pode vir a tornar-se bem pior. Alguma coisa tem de ser feita. Quatro camaras municipais romperam o monopólio do Dr. Nunes. Que outras lhes sigam o exemplo.
4 comentários:
"A globalização é um fenomeno inevitavel ao qual nos temos de resignar quando fecha uma fabrica de texteis no vale do Ave. Quando belisca os previlégios da classe dominante, já é outra história."
Excelente frase!
"...a sua passagem para o sector público" penso que querias dizer sector privado.
sim, hoje ouvi um médico de um hospital público a dizer cobras e lagartos da saúde em Cuba. Acho que isso os devia preocupar pouco. Não passarão de umas dezenas por ano, os doentes enviados a Cuba. Cá têm mais com que se preocupar: Listas de espera completamente assassinas.
Já emendei o erro. Obrigado.
Eles preocupam-se com qualquer quebra do monopólio. É preciso ver que as pessoas não vão a Cuba só por ser mais barato. Algumas coisas são melhores e mais baratas. Não se pode deixar que as ovelhas comecem a por em causa o pastor. Nunca se sabe onde é que as coisas podem ir parar.
Médicos Espanhóis (Barreiro): venham mais...!!!!
TOCA A PASSAR AOS AMIGOS - DIVULGUEM!!!
Já entenderam bem, porque é que existem listas de espera?
Em 6 dias um médico espanhol operou tanto como 5 !!! médicos num ano e por metade do preço cobrado na privada.
Em seis dias, um oftalmologista espanhol realizou 234 cirurgias a doentes com cataratas no Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, num processo que está a 'indignar' a Ordem dos Médicos. Os preços praticados são altamente concorrenciais, tendo sido esta a solução encontrada pelo hospital para combater a lista de espera. O paciente mais antigo já aguardava desde Janeiro de 2007, tendo ultrapassado o prazo limite de espera de uma cirurgia. No ano passado chegaram a existir 616 novas propostas cirúrgicas em espera naquela unidade de saúde. Os sete especialistas do serviço realizaram apenas 359 operações em 2007 (cerca de 50 por médico num ano). No final do ano passado, a lista de espera era de 384, e foi entretanto reduzida a 50 com a intervenção do médico espanhol.
A passagem pelo Barreiro durante o mês de Março - onde garante regressar nos próximos dois anos, embora o hospital não confirme - foi a segunda experiência em Portugal do oftalmologista José Antonio Lillo Bravo, detentor de duas clínicas na Extremadura espanhola - em Dom Benito (Badajoz) e Mérida. Entre 2000 e 2003 já havia realizado 1500 operações no Hospital de Santa Luzia, em Elvas, indiferente às 'críticas' de que diz ter sido alvo dos colegas portugueses. 'Eu percebo a preocupação deles e sei porque há listas de espera tão grandes em Portugal. É que por cada operação no privado cobram cerca de dois mil euros', diz ao DN o oftalmologista espanhol, inscrito na Ordem dos Médicos portuguesa, que cobrou 900 euros por cada operação realizada no Barreiro.
As 234 cirurgias realizadas no Barreiro, por um total de 210 mil euros, foi o limite possível sem haver necessidade de abrir concurso público internacional, sendo que o médico fez deslocar a sua equipa e ainda o microscópio e o facoemulsificador. O hospital disponibilizou somente um enfermeiro para prestar apoio.
TENHAM VEGONHA, SENHORES 'DÓTORES' GOVERNANTES E POLITICOS DA NOSSA PRAÇA!!!
Enviar um comentário