Tenho entre os meus amigos pessoas que considero decentes e intelectualmente honestas, embora que não partilham certas opiniões políticas comigo.
Eles têm entre os seus amigos pessoas que consideram decentes e intelectualmente honestas, embora que não partilham certas opiniões políticas com eles.
Pessoas que considero criminosos.
Homens bem intencionados realizam em geral boas obras e homens maus cometem actos contra o bem comum. Só a religião consegue fazer com que homens bons cometam as acções mais maléficas sem qualquer remorso.
O Lutz exprimiu ontem o seu ultraje perante as palavras do Sr. Correia da Fonseca a propósito dos atiradores que matavam quem tentasse atravessar o muro de Berlim. Subscrevo a posição do Lutz. No entanto acho que vale a pena tentar compreender o que se passa na cabeça do sr. Correia da Fonseca.
Muitos cristãos, pessoas decentes preocupadas como seu semelhante, acreditam na omnipotência de Deus. Acham que, se uma criança morre ao nascer, foi a vontade de Deus. Como podem então defender Deus? Algumas vezes com muita dificuldade. Mas acabam por de alguma forma se reconciliar com esse facto. Fazendo acrobacias que a sua honestidade intelectual não lhes permitiria caso se estivesse a falar de qualquer outro aspecto das suas vidas.
Os comunistas comportam-se de forma semelhante em relação às suas crenças.
Claro que há uma diferença, Lutz. Provavelmente achas, tal como eu, que Deus nunca matou uma criança, porque pura e simplesmente não existe. Mas muitos dos meus amigos cristãos acreditam que Deus matou a criança e defendem-no. Muitas vezes com conflitos interiores. Acredita que também existem alguns conflitos interiores no sr. Correia da Fonseca. Só que ele não os vai revelar a ti.
Eles têm entre os seus amigos pessoas que consideram decentes e intelectualmente honestas, embora que não partilham certas opiniões políticas com eles.
Pessoas que considero criminosos.
Homens bem intencionados realizam em geral boas obras e homens maus cometem actos contra o bem comum. Só a religião consegue fazer com que homens bons cometam as acções mais maléficas sem qualquer remorso.
Richard Dawkins, A Desilusão de Deus. Citado de Memória.
O Lutz exprimiu ontem o seu ultraje perante as palavras do Sr. Correia da Fonseca a propósito dos atiradores que matavam quem tentasse atravessar o muro de Berlim. Subscrevo a posição do Lutz. No entanto acho que vale a pena tentar compreender o que se passa na cabeça do sr. Correia da Fonseca.
Muitos cristãos, pessoas decentes preocupadas como seu semelhante, acreditam na omnipotência de Deus. Acham que, se uma criança morre ao nascer, foi a vontade de Deus. Como podem então defender Deus? Algumas vezes com muita dificuldade. Mas acabam por de alguma forma se reconciliar com esse facto. Fazendo acrobacias que a sua honestidade intelectual não lhes permitiria caso se estivesse a falar de qualquer outro aspecto das suas vidas.
Os comunistas comportam-se de forma semelhante em relação às suas crenças.
Claro que há uma diferença, Lutz. Provavelmente achas, tal como eu, que Deus nunca matou uma criança, porque pura e simplesmente não existe. Mas muitos dos meus amigos cristãos acreditam que Deus matou a criança e defendem-no. Muitas vezes com conflitos interiores. Acredita que também existem alguns conflitos interiores no sr. Correia da Fonseca. Só que ele não os vai revelar a ti.
11 comentários:
Caro ON:
Aceitar que os outros exprimam ideias que nos repugnam moralmente é tolerância; reconhecer o conflito interior nos outros é compaixão.
O Comunismo já foi uma religião "fácil". Hoje é, como o Cristianismo, uma religião difícil. Isto não torna os seus crentes mais dignos de tolerância (sê-lo-iam em todo o caso), mas torna-os dignos de compaixão.
& seja muito bem vindo,meu caro amigo!
Também acho que o comunismo é uma espécie de religião. Também acho que os comunistas, como qualquer outro, tem direito a liberdade de expressão.
Se merecem a minha especial compaixão, por serem adeptos de uma religião difícil, como JLS diz, não sei. Não duvido das boas intenções e da proverbial generosidade que é característica dos verdadeiros fieis. Mas sei que os verdadeiros fieis são especialmente perigosos, porque o seu sistema de valores está desajustado. Como medem pelo absoluto, de que se entendem servidores, perdem a bitola do humano. Comparado com o seu valor absoluto, Deus, ou o progresso para a sociedade sem classes, nada vale. nem a minha vida, nem a dos meus filhos.
É aqui onde se misturam a maior humildade e abnegação com a maior arrogância.
Por isso custa-me ter compaixão. Porque de certa forma, a escolha da religião difícil, do serviço a uma ideia grande, que os capacita de sofrer muito e trabalhar mais, é sempre também um caminho fácil, o da fuga à sua simples condição humana, à sua insignificância.
Se os fieis nos matam, em nome da sua religião, sempre o fazem também em nome da sua vaidade, da sua importância emprestada da sua religião.
Hoje, em Portugal, os comunistas não são assim tão perigosos. Os cristãos também não. Penso que estavamos a falar sobre a forma como os actuais comunistas integram factos que ocorreram há mais de uma década. Não dos responsáveis políticos pelos atiradores que vigiavam o muro de Berlim.
É claro que para mim é facil olhar para esses horrores com distanciamento.
Concordo com Lutz, Os fieis matam-nos em nome da sua religião:
Eustace Mullins, chapter 10: “The involvement of the Rockefellers in promoting the world Communist Revolution also developed from their business interests... Congressional testimony revealed that [John D.] Rockefeller had sent large sums to Lenin and Trotsky to instigate the Communist Revolution of 1905. His banker, Jacob Schiff [agent of the House of Rothschild]... had sent a personal emissary, George Kennan, to Russia to spend some twenty years in promoting revolutionary activity against the Czar.
Diogo, Diogo,
existe vida para lá das teorias da conspiração...
E eu até nem estou a dizer que as TC são tretas.
On, On,
Deixe-se de banalidades e abra um bocado os olhos.
No Wikipedia:
Jacob Henry Schiff, born Jacob Hirsch Schiff (January 10, 1847 – September 25, 1920) was a German-born New York City banker and philanthropist, who helped finance, among many other things, the Russian Revolution of 1917 and the Japanese military efforts against Tsarist Russia in the Russo-Japanese War.
From his base on Wall Street, he was the foremost Jewish leader in what became known as the "Schiff era," grappling with all major issues and problems of the day, including the plight of Russian Jews under the tzar, American and international anti-Semitism, care of needy Jewish immigrants, and the rise of Zionism. He also became the director of many important corporations, including the New York City National Bank, the Equitable Life Assurance Society, and the Union Pacific Railroad.
Diogo, talvez no seguimento do seu ultimo comentario lhe fosse conveniente mencionar "The Protocols of the Elders of Zion". E se nao conhece, entao fica aqui a dica. Nao sei se no seu blog ja mencionou este assunto.
Anónimo,
According to the U.S. Department of State's "Report on Global Anti-Semitism" (2004), "The clear purpose of the [Protocols is] to incite hatred of Jews and of Israel."
Concordo com o U.S. Department of State, embora por razões opostas. Existe desde o princípio do século XX um acirrar deliberado de ódio contra os judeus. Esta política tem empurrado os judeus para a Palestina e para a construção do estado de Israel. Israel tem funcionado como base militar junto dos países árabes do petróleo.
Quem incitou e incita o ódio contra os judeus está apenas interessado em petróleo. Quem poderá ser?
we're watching you
Diogo, estou surpreendido. O livro que referi anteriormente apareceu como uma publica�ao clandestina na russia no raiar do seculo XX. Tudo o que aparece nesta obra se tornou realidade.
Para dizer apenas algumas das coisas, h� a previsao da queda do czar e vitoria do comunismo na Russia, 3 guerras mundiais (estamos de momento na terceira, contra o mundo �rabe), o apoio ao comunismo (o Diogo sabe bem da liga�ao entre os banqueiros capitalistas e o apoio inicial ao comunismo), os ataques e a destrui�ao da aristocracia europeia, a promo�ao do materialismo e da pornografia, e a cria�ao de um verdadeiro governo mundial, nao respons�vel a nimguem (WTO, FMI, world Bank, UN, Liga das na�oes...) Nao digo que as familias poderosas que orquestraram tudo isto sejam exclusivamente judias, nem � isso o mais relevante. Mas sim o facto de praticamente todos os "protocolos" se encontrarem cumpridos, em especial na Am�rica, que � o que interessa, uma vez que � o pa�s mais poderoso do mundo. Uma vista de olhos aos "protocolos" numa fonte insuspeita como a wikip�dia nao custa nada.
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