Quarenta anos atrás uma geração de jovens brilhantes e ambiciosos decidiram estudar Física. Cada um deles esperava ser o super engenheiro que iria gerir a primeira central nuclear portuguesa. A opção nuclear nunca foi feita. Até podia haver razões para não a fazer, mas não foram essas as decisivas. Durante os últimos vinte anos estes jovens já não tão jovens engoliram a frustração de seguir uma carreira académica que não os satisfazia. Envolveram-se em tricas e politiquices. Chatearam os colegas.
Hoje, corremos todos os riscos de um país que tomou a opção nuclear, sem nenhuma das suas vantagens. As limitações à poluição resultantes do protocolo de Kyoto e a evolução do mercado petrolífero vão provavelmente obrigar-nos a repensar a nossa opção. Esta geração de físicos vai agora provar o fel que Moisés provou às portas da terra prometida.
Mais grave do que isso, não é claro que existam no país pessoas em quantidade e qualidade para ocupar as posições para as quais eles foram treinados. Substitui-los por pessoas ao mesmo nível levaria duas décadas. As consequências de certas decisões não estão contabilizadas directamente no orçamento geral do estado.
Mas pagam-se...
Mas pagam-se...
2 comentários:
Pois...
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