quinta-feira, junho 21

Setenave, Lisnave, Sines, Ota...

tradução de alguns excertos do artigo referido abaixo:

Desde de que os planos para a construção da Ota foram feitos, o transporte aéreo modificou-se dramaticamente - na Europa em geral e em Portugal em particular. As low-cost desenvolveram-se consideravelmente. As linhas de dimensão média enfrentaram grandes dificuldades. Não se pode ignorar a existência das low-cost. ...
Os investidores da Ota enfrentam riscos consideraveis. A TAP enfrenta dificuldades economicas graves e poderá não estar em condições de suportar um aumento das taxas do aeroporto. As low cost fugirão da Ota.
O novo aeroporto deveria ter um plano adaptavel à evolução do mercado. Deveria ser construido por fases. Os investimentos só deveriam ser feitos quando se revelassem absolutamente necessários.


As únicas opções até agora consideradas que respeitam estes critérios de prudência são "Portela ampliada e vamos com calma" e "Portela+1". Convém não esquecer os elefantes brancos planeados nos anos 60 que se revelaram completamente obsoletos nos anos 70, comprometendo o nosso desenvolvimento económico durante décadas: Setenave, Lisnave, Sines...
A ideia da construção de um novo aeroporto de raiz em Rio Frio foi lançada na década de 60 pelas mesmas pessoas que prepararam a Lisnave para receber petroleiros com o dobro da capacidade do maior petroleiro construido até hoje. O estaleiro da Lisnave foi pura e simplesmente destruido, de tão inviavel que era.

Estocolmo e Copenhaga tém dimensões semelhantes a Lisboa. Cada uma delas tem três aeroportos. As vantagens desta situação são maiores do que os inconvenientes. As taxas são estabelecidas em clima de concorrência. Os utentes ganham, as linhas aéreas low cost escolhem preferencialmente os aeroportos baratos. Exactamente o oposto de atribuir à ANA um monopólio a nível nacional, o que só prejudicará a economia nacional e cada um de nós.

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