A esquerda tradicional é voluntarista. Tem uma utopia a propor, ou a impor. Preocupa-se muito com a distribuição da riqueza, menos com a sua criação. A esquerda não perde tempo a tentar entender a forma como a sociedade funciona. Prefere debater como deveria funcionar.
A direita tradicional é individualista. A maioria ds seus defensores preocupam-se em criar riqueza (para si próprios). Preocupam-se em compreender alguns dos mecanismos do funcionamento da sociedade e da economia para daí tirar proveito pessoal.
A esquerda acabou por aceitar que a economia planificada não funciona. Nunca se preocupou em perguntar porquê. Deixou de contestar o mercado, mas limita-se a tolerá-lo, contrariada.
O Capital começa com a teoria do valor. Marx procura atribuir a cada mercadoria um valor intrinseco (justo), a quantidade de trabalho acumulado na mercadoria. Nalguns casos extremos uma mercadoria poderia ser vendida por uma quantidade de dinheiro superior ao seu valor. Um copo de agua no deserto, por exemplo, pode valer mais que o seu peso em ouro. Mas estes são casos extremos que poderíamos em geral ignorar.
A teoria do valor é aparte mais nebulosa da teoria económica de Marx. Na verdade, não faz qualquer sentido. Nos anos setenta alguns economistas de esquerda como Charles Bettelheim compreenderam que o grande problema de uma economia planificada é não haver um mecanismo para atribuir preços às mercadorias. Os principais problemas da economia sovietica (bichas interminaveis para comprar alguns bens, excesso de produção de outras, baixa produtividade) não podiam ser imputadas exclusivamente à corrupção dos membros do PCUS. Tinham mais a ver com a ignorância das leis do mercado.
O Liberalismo de esquerda começa com a aceitação de que existem leis economicas com o mesmo estatuto das lei da gravitação universal. Se as ignoramos, pagamos um preço demasiado elevado. O mundo não vai ser como nós gostaríamos que fosse. Vamos procurar usar as leis da economia para chegar tão perto de uma sociedade mais justa e com mais oportunidades para todos quanto possível.
A esquerda acabou por aceitar que a economia planificada não funciona. Nunca se preocupou em perguntar porquê. Deixou de contestar o mercado, mas limita-se a tolerá-lo, contrariada.
O Capital começa com a teoria do valor. Marx procura atribuir a cada mercadoria um valor intrinseco (justo), a quantidade de trabalho acumulado na mercadoria. Nalguns casos extremos uma mercadoria poderia ser vendida por uma quantidade de dinheiro superior ao seu valor. Um copo de agua no deserto, por exemplo, pode valer mais que o seu peso em ouro. Mas estes são casos extremos que poderíamos em geral ignorar.
A teoria do valor é aparte mais nebulosa da teoria económica de Marx. Na verdade, não faz qualquer sentido. Nos anos setenta alguns economistas de esquerda como Charles Bettelheim compreenderam que o grande problema de uma economia planificada é não haver um mecanismo para atribuir preços às mercadorias. Os principais problemas da economia sovietica (bichas interminaveis para comprar alguns bens, excesso de produção de outras, baixa produtividade) não podiam ser imputadas exclusivamente à corrupção dos membros do PCUS. Tinham mais a ver com a ignorância das leis do mercado.
O Liberalismo de esquerda começa com a aceitação de que existem leis economicas com o mesmo estatuto das lei da gravitação universal. Se as ignoramos, pagamos um preço demasiado elevado. O mundo não vai ser como nós gostaríamos que fosse. Vamos procurar usar as leis da economia para chegar tão perto de uma sociedade mais justa e com mais oportunidades para todos quanto possível.
1 comentário:
ON, não sei se o que dizes no post está certo (não domino o assunto), mas é uma óptima leitura.
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
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