domingo, agosto 3

The Bucket List 2

Que tal em vez de fazer uma lista das coisas que queremos fazer até morrer, fizermos listas das coisas que queremos fazer hoje, esta semana, este mês, este ano, esta década. E olhar de vez enquanto para lá, para ver depois o que aconteceu. Podemos acabar por aprender alguma coisa acerca de nós mesmos. Podemos também começar a ser um pouco mais eficientes.
É claro que é muito menos excitante do que fazer a lista das coisas que queremos fazer até ao fim do próximo ano, altura em que o nosso aneurisma cerebral nos vai fazer bater as botas. Mas nem toda a gente tem essa sorte.

3 comentários:

maria disse...

não sou mesmo nada apologista de listas. nem de compras... :)

terão as mesmas as suas virtualidades. Mas se calhar só servem para nos aumentar as neuroses.

Acho mais importante procurar um sentido para a nossa vida. e ir aferindo se nos aproximamos ou afastamos.

Só conseguimos fazer listas de pequenas coisas. As grandes "tá quieto"!

Listas de pequenas coisas, para mim, são assustadoras. tenho imenso medo da rotina. e uma lista pode afunilar-nos para lá.

mais do que cumprir ou olhar para uma lista, prefiro saborear o quanto surpreendente é a vida.

(Vê-se mesmo que são moços que estão metidos nesta ideia de "listinhas") ;)

Sofia disse...

Concordo com a MC.
Também porque o capricho que nos pode levar a querer, hoje, fazer alguma coisa, pode ser o mesmo que amanhã nos impele no sentido contrário. É uma forma, como qualquer outra (só que esta dá algum trabalho), de ocupar o tempo.Quand queremos fazer alguma coisa, fazemos. Não devemos limitar-nos a decidir que queremos fazê-la. A não ser que tenhamos alguma pancada forte por burocracias.
Mas aqui, a grande questão é:
Será que Morgan Freeman, inspirado pelo filme que fez, fez uma lista e, agora, deitado numa cama de hospital, sente que pode ir descansado porque não há nada que tenha querido fazer e não fez?

Não acredito. Mas espero estar muito enganada. Por ele.

Orlando disse...

Há as listas da mercearia...
Não é dessas que estou a falar.

As vidas das pessoas são muito diferentes umas das outras. Para umas algo faz sentido, para outras não.

A diferença entre a lista do filme e as outras é que nos podem obrigar a confrontar um um pequeno ou grande fracasso pessoal. Ao fim do dia, da semana ou da decada.

Correr um pequeno risco faz bem. Se nos pudermos dar a esse luxo.