quarta-feira, março 20

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A maior parte de nós não tem mais do que uma vaga ideia do que seja “pensar”, transformar em “pensamento” o bric-à-brac, o refugo e o lixo da nossa corrente mental. Adequadamente concebida – quando paramos para pensar no assunto? -, a instauração de um pensamento de primeira ordem é tão rara como a composição de um soneto de Shakespeare ou de uma fuga de Bach. Talvez na breve história da nossa evolução, não tenhamos ainda aprendido a pensar. Excepto para um punhado entre nós, talvez a designação de homo sapiens não passe de uma vanglória injustificada. 

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