John Cleese é conhecido sobre tudo por ter sido um dos membros mais importantes dos Monty Python. Mais recentemente foi o "Q" em dois James Bonds. Nos intervalos da sua carreira artística foi reitor da Universidade de St. Andrews, com assinalável sucesso. Quando passava por um período de maior tensão e os seus problemas respiratórios resistiam ao tratamento médico, recomendaram-lhe terapia de grupo com Robyn Skinner. Segundo ele foi uma das experiências mais divertidas e estimulantes da sua vida. Pelo menos a maior parte do tempo. Alguns anos depois matou as saudades escrevendo dois livros a duas mãos com o seu antigo terapeuta.
Famílias e como (sobre) viver com elas encara uma família como um sistema em que cada um dos participantes faz o que pode para ajudar a família a sobreviver. Até pode "aceitar" fazer o papel de ovelha ranhosa, mais que não seja para que os outros membros da família esqueçam as suas desavenças, unindo-se contra eles. Dois dos temas fundamentais são discutir as razões que nos levam a escolher alguém para viver connosco (escolhemos sempre alguém com uma estructura familiar algo semelhante à nossa, acreditem que é verdade...) e a influência que a forma como fomos criados tem na nossa vida futura, levando-nos a reproduzir de alguma forma os padrões da geração anterior.
O livro é fácil de ler. É mesmo bastante divertido. No fim até parece tudo senso comum do mais básico. O mais dificil é perceber em qual dos retratos é que encaixamos e tirar daí as consequências. Ainda não cheguei lá...
9 comentários:
Há um episódio da série Family Guy que fala disto.
Mas então... não existe uma coisa chamada "Quebrar o ciclo"?
Existe sim senhor...
Não é é lá muito comum!
Achas que quebraste?
on
Acho que nunca vou parar de tentar. :)
Será que tentar não faz parte do padrão ;) ?
Para mudar há que começar por perceber qual é o padrão. Este entendimento é bastante mais do que um acto intelectual.
Eu tenho umas pistas, mas ainda não cheguei lá...
on
Eu tinha respondido, mas o comentário não ficou. Não sei porquê. Raio de blogs embruxados...
Rezava mais ou menos assim:
Aceitar ou resistir podem fazer parte do padrão.
Tentar mudar pressupõe que se percebeu que não se quer uma coisa, que se sabe o que é essa coisa e que se considera a existência de uma alternativa.
Parte do padrão faz o facto de nunca racionalizarmos a coisa. Sabemos que não estamos bem, mas não sabemos bem porquê e pomos a culpa nos outros ou em nós, quando a culpa não é de ninguém. É uma padrão. Cada um limita-se a desempenhar o seu papel.
E assim. E coiso. Não é?
E nunca mais neva.
Já me estou a enervar.
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