domingo, agosto 24

quinta-feira, agosto 21

Nelson Évora na TV espanhola

Quando os atletas eram focados e se referia as suas possibilidades, o comentador esqueceu-se do nosso saltador. Não se esqueceu de mais ninguém. Só tinha a décima marca do ano? Tudo bem. Mas por acaso até era o campeão do mundo. Quando ganhou, teve direito a um comentário. Lembraram o azar da Naide Gomes. Lá teve direito a uma entrevista. Pediram-lhe justificações. Afinal tinha só a décima marca do ano. Como se atreveu? Évora explicou-lhe que o ano passado tinha sido a mesma coisa nos mundiais. O sonho dele são os 18 metros. Os meetings ele deixa para os outros.
Que fique bem claro: não é nada de pessoal contra nós. Se forem no anel de Madrid e quizerem ir para Barcelona, procurem Zaragoza. Barcelona, nunca ouviram falar.

terça-feira, agosto 19

Fazer um artigo sózinho (2)

A aprendizagem de um amtemático tem tudo a ver com uma quantidade: o tempo que somos capazes de dedicar de forma eficiente a resolver um problema. É algo semelhante ao folego de um nadador. Quantas piscinas consegue nadar? Um miudo da escola primária não passa de uns minutos: ou sabe ou não sabe. Um aluno do primeiro ano da universidade deveria ser capaz de pensar uns quinze minutos num problema. Pouco a pouco esse tempo vai aumentando. Começa-se a saber partir o problema em fatias.
O aumento da quantidade (do tempo) provoca variações qualitativas. Os alunos particularmente dotados aprendem a tirar proveito de pensar num problema e voltar a ele no dia seguinte. A solução aparece-lhes com facilidade no dia seguinte. Que fenomenos estão a ocorrer?
- O cerebro está a reorganizar-se, de uma forma até certo ponto semelhante ao que acontece aos músculos de um levantador de peso. A criação de novas sinapses substitui o crescimento das fibras. (PS: Este processo de reorganização do cérebro exige trabalho regular. Não acontece a quem só estuda para os exames.)
- O cérebro está a trabalhar no problema independentemente da nossa vontade consciente.
Despoletar este tipo defuncionamento é o acontecimento mais importante da vida académica de um estudante universitário. Infelizmente, normalmente é substituido pelo queimar de uma fita ou uma bebedeira.

A matemática é ensinada colocando o enfase na importancia do raciocinio dedutivo. Esta forma de pensar é essencial para verificar se o nosso raciocínio é correcto. Mas não é assim que chegamos às soluções. Este caminho, normalmente o estudante tem de o percorrer sózinho. Muitos jovens escolhem a matemática porque está tudo muito bem organizado. Sentem-se seguros. Quando começam a investigar, o espaço a percorrer entre a formulação do problema e a sua solução aumentou um pouco mais. É preciso encontrar novas armas para ganhar um pouco mais de folego e poder transpor distãncias um pouco maiores. E há que encontrar essas soluções sózinho. Quais foram as soluções que encontraram?

segunda-feira, agosto 18

The reluctant fundamentalist

Changez é mais um filho de uma família aristocrata caída na decadência. Jurou trazê-la de volta ao seu explendor. O primeiro lugar da sua classe em Princeton e a mulher por quem se apaixonou abriram-lhe as portas da elite de Manhatan. Estava quase a cumprir a sua promessa quando o 11 de Setembro lhe veio lembrar que tinha nascido em Lahore.
Duas páginas da novela de Moshin Amid na FNAC foram mais do que suficiente para não ser capaz de a largar. Agora vou ver se compro a outra.

Entretanto

podem compor uma novela à vossa vontade.

domingo, agosto 17

Mais do que compreender o mundo, é preciso transformá-lo?

Ron Suskind escreveu The Price of loyalty, a biografia de Paul O'Neill, secretário do tesouro durante a primeira administração de George W. Bush. Entre outras coisas, apresentou provas de que Bush tinha planeado a invasão do Iraque em janeiro de 2001. A Casa Branca não gostou. Uns anos depois descreveu na New York Times Review uma conversa que teve com um alto colaborador de Bush, provavelmente Karl Rove. Disse-lhe esse senhor que individuos como Ron pertenciam àquilo a que ele chama uma comunidade baseada na realidade. Pessoas que acreditam que as soluções dos problemas surgem a partir de um estudo judicioso da realidade discernível.
Suskind concordou.
O tal senhor explicou-lhe que já não é assim que o mundo funciona. Agora somos um império e quando actuamos criamos a nossa própria realidade. Enquanto você estuda essa realidade - judiciosamente - nós agiremos de novo, criando novas realidades, as quais você terá de estudar de novo. Nós somos os actores da história ... e vocês, a todos vocês caberá apenas estudar o que nós fazemos.
Parece que o tal senhor tinha uma visão incompleta acerca do funcionamento do mundo. Como entretanto se provou.
Temos aqui um exemplo particularmente explícito acerca de duas visões do mundo. Alguns procuram começar por o compreender, outros preferem a acção. Mas à misturas interessantes: Karl Marx, que passou a vida a contemplá-lo, escreveu a frase que aparece no título deste post. Sem ponto de interrogação, claro. Karl Rove e George W. Bush estão de acordo, mas acham mais facil manipulá-lo. Será esta atitude um exclusivo da direita? Olhem que não, olhem que não. Mas isso fica para uma próxima oportunidade.

sexta-feira, agosto 15

Fazer um artigo sózinho

Uma das coisas que o Hugo quer fazer antes de morrer. Afinal, o que é que o Hugo quer? Assinar um artigo sózinho? Ter a ideia para o artigo? Pode acontecer uma vez, por um golpe de sorte. Acho que ele quer mais, ou vai querer mais. Vai querer ter ideias para fazer artigos. Ser independente. Será que ele já sabe que quer isto tudo?
Como é que se chega lá? Não é necessariamente a forma mais rápida de progredir na carreira...
Trata-se naturalmente de um novo salto em frente. Parecido com o que é preciso dar para passar de bom aluno a investigador. Já agora: em que consistiu essencialmente esse salto?

quinta-feira, agosto 7

domingo, agosto 3

The Bucket List 2

Que tal em vez de fazer uma lista das coisas que queremos fazer até morrer, fizermos listas das coisas que queremos fazer hoje, esta semana, este mês, este ano, esta década. E olhar de vez enquanto para lá, para ver depois o que aconteceu. Podemos acabar por aprender alguma coisa acerca de nós mesmos. Podemos também começar a ser um pouco mais eficientes.
É claro que é muito menos excitante do que fazer a lista das coisas que queremos fazer até ao fim do próximo ano, altura em que o nosso aneurisma cerebral nos vai fazer bater as botas. Mas nem toda a gente tem essa sorte.

sexta-feira, agosto 1

The Bucket List

O filme que provavelmente inspirou um amigo do Hugo a propor que cada um de nós faça uma lista das coisas que não queremos deixar por fazer até ao dia when we kick the bucket. O dia em que alguns dirão que vão desta para melhor.
Aqui está uma lista que dá azar revelar. Já o Morgan Freeman pensava mais ou menos isso. Que se trata de um exercício que cada um de nós teria muito a ganhar em fazer, não tenho dúvidas. Recomendo.