De volta a Portugal? Eu não estou nada seguro da mportancia dos afectos do coração do Keats nem da verdade da sua imaginação. Mas acabei por ter de me render à evidência de que não é boa ideia negligenciar aquilo que passa pela minha imaginação e muito menos silenciar o ruidos feitos pelo meu coração. A Ciência? É uma coisa maravilhosa!
...
Mas não tem muito a dizer sobre a nossa vida, pois não?
Maria, a ciência pode explicar-nos que alguma nossa atitude sobre a nossa vida é uma total idiotice. Pode salvar-nos a vida, permitir que haja tantos seres humanos vivos, etc. Não tem é nada a dizer sobre os nossos problemas existenciais. Nunca teve.
Há uma grande diferença entre "não diz tudo" e "diz nada". A não ser que definas problemas existenciais como "aqueles que não são acessíveis à ciência", e aí somos só tautológicos, não creio que isso seja verdade.
Mas aceito facilmente que "não diz tudo", nem nada que se pareça. Portanto aí é verdade, mas também não diz grande coisa.
Assim, e como não creio que tivesses em mente trivialidades, a questão é: o que é que tens em mente com este post? Alguma alternativa específica? Podemos saber? Ou deu-te só para para provocar? :)
O António Araújo colocou as perguntas necessárias, que eu espero ver respondidas.
A minha surpresa, expressa no comentário anterior, vem do facto de eu já ter sido tão contestada neste blogue, por dizer que a ciência não diz "tudo" sobre o Homem. Mas não dizer "nada"...já me parece uma afirmação demasiado fundamentalista. Não me parece que tenhas feito esse movimento. Aguardo explicações. :)
Ok, a ciência diz coisas importantes a levar em conta sobre as nossas vidas. A minha intenção não era minimamente provocatória. Por exemplo, The Master and His Emissary http://en.wikipedia.org/wiki/The_Master_and_His_Emissary tem muita coisa interessante a dizer sobre a maneira como funciona o nosso cérebro. Essa informação influenciou as minhas posições sobre o tema que estamos a discutir e está em parte na origem deste post. António, não vou responder já às tuas objecções, mas não as vou esquecer. Nesta conversa o terreno está inclinado a teu favor. Maria, o contexto é muito importante. As mesmas palavras, ditas por duas pessoas, não devem ser sempre interpretadas da mesma forma...
Maria, consideremos uma questão "fracturante". Quando alguém cita alguém que diz algo diferente do que ele costuma dizer, está a abrir-se a novas perspectivas. Quando se cita alguém que subscreve as nossas posições, estamos algumas vezes a ficar mais na mesma. è assim que eu vejo as coisas...
"O meio de comunicação determina a mensagem" Marshall Mcluhan
Quando falamos e argumentamos estamos imediatamente a fazer escolhas. Alguns verdades comunicam-se desenhando, dançando e tocando. São demasiado frageis para resistir à luz forte do verbo.
Imaginemos uma fantasia que umas vezes por outra nos passa pela cabeça. Qualquer coisa do tipo de pelo simples poder da nossa vontade podermos levantar o Socrates no ar, virá-lo de cabeça para baixo e enfie-lo num monte de merda. Será uma fantasia deste tipo que nos passe pela cabeça uma vez por semana algo absolutamente indiferente ou a ponta de um iceberg? Neste momento estou mais inclinado para a segunda hipótese. Uma das mil e uma possiveis verdades escondidas na frase de Keats.
assim sendo, presumo que o teu segundo comentário redime um pouco o primeiro (na sequência do que escreveste hoje)não é o facto de citarmos alguém que valida alguma mudança da nossa parte. As mudanças são muito mais subtis e complexas.
A tua fantasia é com o Socrates filósofo ou com o q foi estudar filosofia? (tstststs)
só mais uma coisinha: a mudança (chateia-me usar generalizações, mas agora não me ocorre nada em concreto)não significa passarmos a defender a posição exactamente contrária ao que somos e "professamos" (ocorreu-me um exemplo: sou crente. As minhas únicas e válidas opções de mudança são passar a agnóstica ou ateia. É claro que não)sem deixarmos de ser o que somos muitas mudanças podem ocorrer. Isto resumido, serve para dizer que o teu argumento é falacioso. Mas como te redimiste no segundo comentário...
16 comentários:
Eu não estou assim tão seguro dos afectos e da imaginação do Keats. :-)
Jaime, is that you?
...
As pessoas mudam de opinião.
Às vezes, acontece...
Ja, ich bin es, ou algo do género que eu ainda não me entendo com esta língua.
De volta a Portugal?
Eu não estou nada seguro da mportancia dos afectos do coração do Keats nem da verdade da sua imaginação.
Mas acabei por ter de me render à evidência de que não é boa ideia negligenciar aquilo que passa pela minha imaginação e muito menos silenciar o ruidos feitos pelo meu coração.
A Ciência?
É uma coisa maravilhosa!
...
Mas não tem muito a dizer sobre a nossa vida, pois não?
mau, mau, mau..."A Ciência?
É uma coisa maravilhosa!
...
Mas não tem muito a dizer sobre a nossa vida, pois não?" NÃO?
Maria,
a ciência pode explicar-nos que alguma nossa atitude sobre a nossa vida é uma total idiotice. Pode salvar-nos a vida, permitir que haja tantos seres humanos vivos, etc.
Não tem é nada a dizer sobre os nossos problemas existenciais. Nunca teve.
Há uma grande diferença entre "não diz tudo" e "diz nada". A não ser que definas problemas existenciais como "aqueles que não são acessíveis à ciência", e aí somos só tautológicos, não creio que isso seja verdade.
Mas aceito facilmente que "não diz tudo", nem nada que se pareça. Portanto aí é verdade, mas também não diz grande coisa.
Assim, e como não creio que tivesses em mente trivialidades,
a questão é: o que é que tens em mente com este post? Alguma alternativa específica? Podemos saber? Ou deu-te só para para provocar? :)
ON,
O António Araújo colocou as perguntas necessárias, que eu espero ver respondidas.
A minha surpresa, expressa no comentário anterior, vem do facto de eu já ter sido tão contestada neste blogue, por dizer que a ciência não diz "tudo" sobre o Homem. Mas não dizer "nada"...já me parece uma afirmação demasiado fundamentalista. Não me parece que tenhas feito esse movimento. Aguardo explicações. :)
Ok, a ciência diz coisas importantes a levar em conta sobre as nossas vidas.
A minha intenção não era minimamente provocatória.
Por exemplo,
The Master and His Emissary
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Master_and_His_Emissary
tem muita coisa interessante a dizer sobre a maneira como funciona o nosso cérebro. Essa informação influenciou as minhas posições sobre o tema que estamos a discutir e está em parte na origem deste post.
António, não vou responder já às tuas objecções, mas não as vou esquecer. Nesta conversa o terreno está inclinado a teu favor.
Maria, o contexto é muito importante. As mesmas palavras, ditas por duas pessoas, não devem ser sempre interpretadas da mesma forma...
Claro, claro...no caso em apreço, o que é que diferencia o contexto?
Maria,
consideremos uma questão "fracturante".
Quando alguém cita alguém que diz algo diferente do que ele costuma dizer, está a abrir-se a novas perspectivas. Quando se cita alguém que subscreve as nossas posições, estamos algumas vezes a ficar mais na mesma.
è assim que eu vejo as coisas...
"O meio de comunicação determina a mensagem"
Marshall Mcluhan
Quando falamos e argumentamos estamos imediatamente a fazer escolhas. Alguns verdades comunicam-se desenhando, dançando e tocando. São demasiado frageis para resistir à luz forte do verbo.
Imaginemos uma fantasia que umas vezes por outra nos passa pela cabeça. Qualquer coisa do tipo de pelo simples poder da nossa vontade podermos levantar o Socrates no ar, virá-lo de cabeça para baixo e enfie-lo num monte de merda.
Será uma fantasia deste tipo que nos passe pela cabeça uma vez por semana algo absolutamente indiferente ou a ponta de um iceberg?
Neste momento estou mais inclinado para a segunda hipótese.
Uma das mil e uma possiveis verdades escondidas na frase de Keats.
assim sendo, presumo que o teu segundo comentário redime um pouco o primeiro (na sequência do que escreveste hoje)não é o facto de citarmos alguém que valida alguma mudança da nossa parte. As mudanças são muito mais subtis e complexas.
A tua fantasia é com o Socrates filósofo ou com o q foi estudar filosofia? (tstststs)
só mais uma coisinha: a mudança (chateia-me usar generalizações, mas agora não me ocorre nada em concreto)não significa passarmos a defender a posição exactamente contrária ao que somos e "professamos" (ocorreu-me um exemplo: sou crente. As minhas únicas e válidas opções de mudança são passar a agnóstica ou ateia. É claro que não)sem deixarmos de ser o que somos muitas mudanças podem ocorrer.
Isto resumido, serve para dizer que o teu argumento é falacioso. Mas como te redimiste no segundo comentário...
Mas... eu não estava a tomar posição nenhuma :)
...só queria saber qual era a tua ideia...
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