Dizia-me um colega muito bem informado. Nos últimos dias do anterior governo Socrates veio cá para fora a habitual enxurrada de decretos-lei. Uma delas revoga nas entrelinhas o essencial das leis que obrigam os hospitais públicos e privados a manterem medidas de segurança nos departamentos de radiologia e afins. Uma disposição legal que não foi assinada pelo Ministro da Ciência e Tecnologia, o único membro do governo que entende alguma coisa de medicina nuclear. Está agora à espera de ser regulamentada. E em França a situação ainda está pior, acrescentava ele, enquanto terminava a bica. Se um dia destes lerem uma notícia destas a propósito de Portugal, não se admirem.
domingo, dezembro 27
As resoluções de Ano Novo
deviam ser tomadas logo a seguir ao Natal. E postas em prática no primeiro dia útil que esteja a jeito.
quinta-feira, dezembro 24
segunda-feira, dezembro 14
sábado, dezembro 12
quarta-feira, dezembro 9
O argumento de Pascal
Foram propostas muitas provas da existência de Deus. Blaise Pascal propôs uma das mais originais, de natureza probabilistica: Que perdemos se acreditarmos em Deus, e Deus não existir? Nada! Que perdemos se não acreditarmos e ele existir? Tudo! Na dúvida, é mais seguro acreditar em Deus.
Rui Tavares repetiu o argumento de Pascal a propósito da questão das mudanças climáticas. Reconhece que há dúvidas sobre a sua existência, ou sobre o facto de serem provocadas pela industrialização. Que perdemos se os críticos tiverem razão? Nada! Se eles estiverem errados? Tudo! Será mesmo assim? Nem pouco mais ou menos. Rui Tavares comete o erro de confundir as mudanças provocadas pelo clima com o problema global do ambiente. Se quase todos os nosso recursos forem usados para resolver um pseudo problema, como vamos resolver todos os outros problemas do ambiente: chuvas ácidas, poluição das águas, acumulação de lixo e metais pesados nos ocenos, destruição das florestas equatoriais. Precisamos simultaneamente de mais recursos e de restringir o crescimento. Escolher a frente de combate errada é um erro que não nos podemos dar ao luxo de cometer.
Rui Tavares dia também que os cientistas acreditam na realidade do aquecimento global e quem se opõe são os leigos. Está mal informado. Há muita gente a tentar-nos convencer disso. Há mecanismos que contribuem para que muitos cientistas se calem. Há muitas verbas para investigar o aquecimento global. Quem falar publicamente contra fica excluido dessas verbas. Isso vai afectar a carreira do whistleblower e dos seus colaboradores. Os cientistas não são nem mais nem menos corajosos do que as outras pessoas. Não é por acaso que a pessoa que mais tem falado sobre o assunto em Portugal, o Professor Delgado Domingues, é reformado.
Não era sobre estes temas que eu gostava de estar a escrever, acreditem.
Rui Tavares repetiu o argumento de Pascal a propósito da questão das mudanças climáticas. Reconhece que há dúvidas sobre a sua existência, ou sobre o facto de serem provocadas pela industrialização. Que perdemos se os críticos tiverem razão? Nada! Se eles estiverem errados? Tudo! Será mesmo assim? Nem pouco mais ou menos. Rui Tavares comete o erro de confundir as mudanças provocadas pelo clima com o problema global do ambiente. Se quase todos os nosso recursos forem usados para resolver um pseudo problema, como vamos resolver todos os outros problemas do ambiente: chuvas ácidas, poluição das águas, acumulação de lixo e metais pesados nos ocenos, destruição das florestas equatoriais. Precisamos simultaneamente de mais recursos e de restringir o crescimento. Escolher a frente de combate errada é um erro que não nos podemos dar ao luxo de cometer.
Rui Tavares dia também que os cientistas acreditam na realidade do aquecimento global e quem se opõe são os leigos. Está mal informado. Há muita gente a tentar-nos convencer disso. Há mecanismos que contribuem para que muitos cientistas se calem. Há muitas verbas para investigar o aquecimento global. Quem falar publicamente contra fica excluido dessas verbas. Isso vai afectar a carreira do whistleblower e dos seus colaboradores. Os cientistas não são nem mais nem menos corajosos do que as outras pessoas. Não é por acaso que a pessoa que mais tem falado sobre o assunto em Portugal, o Professor Delgado Domingues, é reformado.
Não era sobre estes temas que eu gostava de estar a escrever, acreditem.
Com a verdade me enganas
Temperatura em Portugal aumentou 1,2 graus desde 1930. Que podemos concluir desta frase?
Que nada é mais fácil do que mentir com números.
Sempre que estamos a trabalhar com séries numéricas, só o gráfico traduz alguma verdade.
Ao longo dos ultimos oitentas anos houve anos em que a temperatura média foi superior à do ano passado e outros em que foi inferior. Comparando 1930 com 2009 chegamos a uma conclusão. Comparando outras duas datas bem escolhidas, chegaríamos à conclusão oposta. Quem compara dois números desta forma, é ignorante ou está de má fé.
Este truque é bem velho. Se exceptuarmos momentos de crise grave, os gráficos com a evolução dos valores de um indice da bolsa publicados pelos bancos, pelas correctoras ou pelos livros para imbecis começam sempre na última grande crise. É tão bonito ver como é facil investir na bolsa...
Que nada é mais fácil do que mentir com números.
Sempre que estamos a trabalhar com séries numéricas, só o gráfico traduz alguma verdade.
Ao longo dos ultimos oitentas anos houve anos em que a temperatura média foi superior à do ano passado e outros em que foi inferior. Comparando 1930 com 2009 chegamos a uma conclusão. Comparando outras duas datas bem escolhidas, chegaríamos à conclusão oposta. Quem compara dois números desta forma, é ignorante ou está de má fé.
Este truque é bem velho. Se exceptuarmos momentos de crise grave, os gráficos com a evolução dos valores de um indice da bolsa publicados pelos bancos, pelas correctoras ou pelos livros para imbecis começam sempre na última grande crise. É tão bonito ver como é facil investir na bolsa...
sábado, dezembro 5
quarta-feira, dezembro 2
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