Algures num reino muito distante uma rainha deu à luz a sua terceira princesa. Os ventos espalharam pela terra o quanto era impossível explicar por palavras a beleza, a inocência e a virginalidade de Psyche. Dizia-se até que um dia ela acabaria por destronar a deusa Afrodite no coração de todos os homens.
As qualidades que levavam os homens a venerá-la acabavam também por os intimidar. A idade do casamento aproximava-se e nenhum pretendente surgia. O rei achou por bem consultar um oráculo. Invejosa e vingativa, Afrodite levou o oráculo a determinar que só a Morte poderia desposar Psyche. Ela deveria ser deveria ser acorrentada a uma rocha no topo da mais alta montanha do reino, onde ficaria à mercê da mais horrível das criaturas.
Ninguém se atrevia a não respeitar a decisão do oráculo. Afrodite não se deu por satisfeita. Ordenou ao seu filho Eros que atingisse Psyche com uma das suas flechas momentos antes do monstro a despedaçar. A sua vingança só seria completa se a virgem se entregasse ao monstro. Quando preparava a flecha, Eros feriu-se nela. Nem ele próprio escapa à sua magia. Apaixonado por Psyche, Eros pede ao seu amigo, o Vento de Oeste, que a liberte e a leve para o Vale do Paraíso.
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As qualidades que levavam os homens a venerá-la acabavam também por os intimidar. A idade do casamento aproximava-se e nenhum pretendente surgia. O rei achou por bem consultar um oráculo. Invejosa e vingativa, Afrodite levou o oráculo a determinar que só a Morte poderia desposar Psyche. Ela deveria ser deveria ser acorrentada a uma rocha no topo da mais alta montanha do reino, onde ficaria à mercê da mais horrível das criaturas.
Ninguém se atrevia a não respeitar a decisão do oráculo. Afrodite não se deu por satisfeita. Ordenou ao seu filho Eros que atingisse Psyche com uma das suas flechas momentos antes do monstro a despedaçar. A sua vingança só seria completa se a virgem se entregasse ao monstro. Quando preparava a flecha, Eros feriu-se nela. Nem ele próprio escapa à sua magia. Apaixonado por Psyche, Eros pede ao seu amigo, o Vento de Oeste, que a liberte e a leve para o Vale do Paraíso.
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2 comentários:
Mitos que sobreviveram milhares de anos, como este, permitem-nos aprender algo sobre a nossa psyche. Assim os saibamos ouvir.
Este mito fala-nos do casamento. Do confronto entre a sogra e a nora. Da nora que vai suplantar a sogra na vida do seu conjuge. Afrodite não vai abandonar o seu lugar sem luta. A certa altura das suas vidas uma mulher pode descobrir que há dentro de si uma Afrodite que lhe era completamente desconhecida. Para a nora esta é uma prova dificil, mas também uma oportunidade para chegar à maturidade.
Em algumas tribos africanas a noiva deve chegar ao casamento cheia de feridas e e cicatrizes. No casamento celebra-se a morte de uma fase da vida da noiva. Que renasce, em geral com um outro nome.
Que se livre qualquer Afrodite de se atravessar no caminho das minhas meninas! Desfaço-a em dois tempos.
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