O Supremo Tribunal de Justiça tem sido atacado nos ultimos dias por ter reduzido a pena a um pedófilo. Cometeu o Supremo o crime de considerar que violar uma criança de cinco anos não é o um crime da mesma gravidade de ter sexo consensual com uma criança de treze. Sem pôr em causa o facto obvio de ambos os crimes serem muito graves e de ambos merecem penas pesadas. Trata-se de uma
não notícia. Dar uma não notícia só por si já é algo estranho. É mau jornalismo ou tem segundas intenções. Alguns meios de informação foram muito mais longe. José Rodrigues dos Santos, por exemplo, tratou o assunto de uma forma extraordináriamente agressiva no Telejornal de ontem.
Comecei por ficar perplexo perante tal campanha. Acontece que o comportamento humano costuma ter explicações. Há que procurá-las. É sabido que qualquer pessoa que tente falar contra um jornalista num programa televisivo é imediatamente silenciado pelo jornalista (censor ?) de serviço. Recentemente os jornalistas deram mais um passo em frente na sua campanha de conquista do poder.
O Público perdeu no Supremo uma caso com o Sporting. Tendo transitado a sentença em julgado nada mais lhes restava do que baixar as orelhas e aceitar a verdade. Ciente do seu poder e sabendo poder contar com o apoio dos outros orgãos de comunicação social o Público distorceu uma parte do acordão e pretendeu que o Supremo tinha dito que o Público fora condenado apesar de dizer a verdade porque havia que apesar de tudo defender o bom nome do Sporting. O Supremo desmentiu a interpretação do Público, tendo o seu desmentido sido ignorado. Podem ler aqui
aqui mais detalhes sobre a historia ou fazer uma busca no Google para tirar as vossas conclusões.
Tendo o Supremo Tribunal de Justiça tido o desplante de afrontar o Quarto Poder, há que desacreditá-lo por todos os meios. A acusação de defender pedófilos é a próxima mentira que se vai tornar verdade à custa de ser repetida tantas vezes quantas for necessário. Todo o poder corrompe e o poder excessivo dos jornalistas também está a corrompê-los. Cabe-nos a nós bloggers tentar controlá-los. Na medida do possível.
PS: No link do
Público referido acima pergunta-se se achamos o artigo interessante. Achei a notícia totalmente irrelevante. Não podia porém exprimir a minha opinião. No site do Público, só se pode dizer bem.
Versão integral do Acordão.