quarta-feira, dezembro 2

9 comentários:

on disse...

Caro Leitor, com quantos muçulmanos interagiu ao longo da sua vida? Com que profundidade?

Pequenos detalhes: entrei numa casa de banho de uma universidade inglesa. Estava alguém a lavar os pés no sítio onde eu ia lavar as mãos ou a cara. Pela hora e pelo aspecto da pessoa, deduzi que se tratava de um muçulmano que fazia as libações prévias a uma das suas orações diárias.

Seria razoavel eu sentir-me incomodado com esse facto? Seria razoavel eu contactar os responsaveis da residencia pedido-lhes para proibir esse hábito?

Um muçulmano deve apresentar-se limpo perante Alá. Proibir-lhe as libações é interferir com a sua prática religiosa.

Sofia disse...

A parte da pergunta que fala em profundidade... tem rasteira, não tem? :)

Eu sentir-me-ia incomodada, apesar de achar um contrasenso usarem-se as palavras "lavar" e "casa de banho pública" na mesma frase.

Mas não se lavam pés no sítio de lavar a cara. A minha liberdade termina onde... bla bla bla.

Diogo disse...

Então ON, embarcamos de cabeça na «guerra ao terrorismo», inventada pelo complexo-militar-petrolífero, para controlar os territórios ricos em petróleo do Médio Oriente e da Ásia Central?

Se fosse um templo budista, já não havia problema?

on disse...

Sofia,
às vezes usa-se uma casa de banho pública e depois lava-se, pelo menos, as mãos.


Diogo,
pode-se tomar posições semelhantes por razões bem diferentes. faço aquilo que a minha consciência me dita. Os outros fazem o que eles quiserem.

on disse...

Sofia, já me tinha esquecido destas coisas.
Numa residencia de estudantes não é obvio que haja casas de banho não públicas.

Hugo Tavares disse...

Numa residência de estudantes, apesar de tudo, continuam a existir chuveiros. Não me pareceria um atentado à liberdade religiosa se tivesses feito queixa dele.

Diogo disse...

Não ON!

Você está a embarcar numa «guerra ao terrorismo – aos muçulmanos», que o complexo militar industrial e as petrolíferas têm absoluta necessidade (para manterem as suas actividades e lucros).

Tudo serve para bater nos islâmicos. Os Media impõem esta agenda.

on disse...

Diogo,
eu faço por pensar pela minha cabeça. Talvez consiga, talvez não. O muito é bastante complexo. Não me parece que de um lado estejam os bons e do outro os maus. Vamos fazendo as nossas apostas, vendo o filme passar. Uma vez por outra desempenhando um pequeno papel...

on disse...

Diogo, é obvio que condeno (basta ler o blog) todas as intervenções militares em países muçulmanos. Não deixo por isso de me preocupar com a fragilidade do nosso estdo de direito e das nossas liberdades.