domingo, dezembro 30

Fat Ladies


Só um louco recusa um menu dégustation de um bom restaurante de francês. Fora isso, faço por ter juízo. Duas senhoras gordas apanharam o Luis M. Jorge num momento de maior credulidade. DVD's com senhoras gordas, eu prefiro cantoras de ópera.

Quando se abate um animal ao estilo kosher, retira-se-lhe o sangue e com ele se vai o aço úrico que dá à carne aquele gostinho tão apreciado. Um bom naco de carne contém catorze gramas de ácido úrico que o animal ainda não teve oportunidade de transformar em urina. O nossos rins só conseguem eliminar oito gramas por dia. Umas das fat ladies está sentada num side-car. Ataque de gota?
As senhoras gordinhas gostam com certeza de uma carne bem tenrinha. A carne só fica tenrinha uns dias depois do animal estar morto, quando as bactérias putrefactoras deixam o colon do animal e se espalham por todo o corpo. Convém esperar.

Substituir uma salada por um raminho de salsa? Uma boa receita para uma vida breve.

A piramide alimentar recomendada pelo governo americano nos anos cinquenta era ditada pelos interesses dos produtores de carne e leite. Os EUA e a Europa gastam fortunas em subsidios à produção de leite quando esta é altamente excedentária. Depois há que tentar escoar este leite, dizendo às pessoas que o leite evita a osteoporose e que necessitam de mais protéinas. Não é bem assim.

O LMJ envia receitas de cabidela às amigas vegetarianas que se preocupam com o sofrimento dos animais. Prefiro enviar-lhes uma cópia deste post.

Dedico estas linhas ao Luís, acompanhadas de votos de rápido restabelecimento das desventuras natalícias.

9 comentários:

Anónimo disse...

Hé hé, você conseguiu dizer mal dos Estados Unidos num post sobre alimentação. Isso é que é vocação para o sofrimento.

Luis

Luis M. Jorge disse...

Antes que me esqueça: um bom ano novo, cheio de alegrias morais.

Orlando disse...

Caro Luís (MJ?),
não tenho mesmo nada de nada contra os EUA. Se tivesse de escolher um país para viver, estava bem alto na minha lista.
Não gosto do Bush, isso é outra coisa. Mas gostava bastante do Clinton. Não tenho de culpa de não existirem blogs nessa altura.
Acontece que os EUA são o farol que nos ilumina. É de lá que vêm a maior parte das coisas boas, e a maior parte das coisas más também.
Falo contra as mentiras que a indústria alimentar nos impinge.

É criminoso dizer às pessoas que precisam de comer o triplo das proteínas que realmente necessitam.

É criminoso dizer às pessoas que devem beber leite para evitar a osteoporose. O fósforo do leite impossibilita a absorção do calcio.

E cito um americano para corroborar as minhas posições.

OK, não gosto do Texas.
So what?

Orlando disse...

Só morais?
Preferia as carnais:)
Um bom ano!

Luis M. Jorge disse...

Não, que isso faz mal à saúde.

Anónimo disse...

Devasso! :))

Anónimo disse...

"A carne só fica tenrinha uns dias depois do animal estar morto, quando as bactérias putrefactoras deixam o colon do animal e se espalham por todo o corpo. Convém esperar."

Caro On,

O processo pelo qual a carne vermelha fica mais tenra e uma cascata de reaccoes bioquimicas que ocorrem no interior das celulas musculares post-mortem e que nao necessita de qualquer mediacao por parte de microflora.
PS as bacterias so podem migrar lumen intestinal para os musculos se se deixarem os animais demasiado tempo nao eviscerados.

A maturacao de uma carcassa (tempo que se deixa a carcassa numa camara refrigeradora em repouso por forma a que se torne mais tenra) ocorre apos a evisceracao.
Qualquer microflora que cresca nessa carcassa sera (desde que o processamento da carcassa tenha sido higienico):

1 - Sempre a superficie da carcassa porque as massas musculares sao estereis.
2 - Sempre resultado de contaminacao residual que ocorre durante o processamento de um animal ate que se obtenha a carcassa (i.e. esfola, evisceracao, corte em quartos, etc)
3 - Nao acelera ou atrasa o processo de maturacao.

Anónimo disse...

Confesso que a frase acerca da matanca Kosher me deixa perplexo. Presumo que seja uma piada qualquer que nao percebi porque todas as afirmacoes la contidas sao factualmente incorrectas.

As afirmacoes sobre a indigistibilidade do calcio contido no leite sao para mim tambem altamente duvidosas mas nao discutirei isso porque nao tenho informacao credivel comigo e nao me apetece procurar. Alias os mitos da sobre os maleficios do leite sao curiosamente profusos, tal como os maleficios das laranjas, seria interessante estudar estes fenomenos pseudo-cientificos.

Sobre o sofrimento dos animais tem muita razao. Mas receio que esta a pregar no deserto aqui ha uns tempos atras tive uma relativamente acalorada discussao com o LMJ sobre sofrimento animal e se bem me lembro acabei por ser acusado de dormir de pijama.

Anónimo disse...

Caro Lowlander,

so agora vi o comentario.
e preciso ter cuidado com o que e cientifico ou nao. Mas eu dou um link no artigo para um professor de Harvard (nao e bem assim).
Veja o link e depois falamos...